SC Braga: sistema veio para ficar e soluções não faltam
Trio de centrais com o Leixões, tal como aconteceu frente a Sporting e Elfsborg. Opções diretas e ‘indiretas’ para o eixo. Projeção ofensiva (também) nas alas
João Ferreira-Paulo Oliveira-Bright Arrey-Mbi. Foi este o trio de centrais apresentado por Carlos Carvalhal no encontro diante do Elfsborg (1-1), no passado dia 7, por ocasião da 4.ª jornada da Liga Europa, em território sueco.
João Ferreira-Paulo Oliveira-Niakaté. Foram estes os três elementos escolhidos pelo técnico bracarense na receção ao Sporting (2-4), na última jornada da Liga, realizada no dia 10, na Pedreira.
E ainda que os resultados destes dois jogos não tenham sido os mais desejados, a verdade é que o sistema agradou a Carvalhal. Não só porque o treinador é um adepto confesso deste esquema tático – já o utilizou em diversos contextos da sua carreira –, mas também porque sente que, com esta opção, a equipa pode ter outras dinâmicas no processo ofensivo, nomeadamente através da largura dada pelos alas.
Com os arsenalistas dispostos num 3x4x3, e se os corredores laterais forem entregues, por exemplo, a elementos como Roger Fernandes ou Gabri Martínez (ambos com forte vocação atacante), o ataque ao último terço, seja em ataque continuado ou em transição, através da exploração da profundidade, é feito ainda com mais jogadores e, dessa forma, mais facilmente são criados desequilíbrios nas defensivas contrárias. Por essa altura, juntam-se à armada bracarense nomes como por exemplo os de Ricardo Horta, Bruma ou El Ouazzani, o que significa carga pesada na mira às balizas adversárias.
Voltando aos elementos do plantel que podem atuar no centro da defesa, Carlos Carvalhal pode, finalmente, estar descansado. Tudo porque, nas últimas semanas, houve alguns problemas relacionados com lesões e/ou castigos, pelo que o técnico esteve quase sempre privado de um ou outro elemento para o eixo da retaguarda. Neste momento, todos os defesas-centrais estão disponíveis para a competição: João Ferreira, Paulo Oliveira, Robson Bambu, Sikou Niakaté e Bright Arrey-Mbi. E a estes cinco ainda podem juntar-se outros dois: Adrián Marín (que sendo um lateral-esquerdo de raiz também pode alinhar por dentro, na tal linha de três) e Jónatas Noro (jovem da equipa B e que esta época já se estreou na elite bracarense, no caso, frente ao 1º Dezembro, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal).
Carlos Carvalhal tem por onde escolher e deverá continuar a adotar este sistema no encontro de sábado, no terreno do Leixões. O SC Braga tem, por direito próprio, responsabilidades na prova rainha e vai a Matosinhos com a força máxima.