SC Braga: Daniel Sousa tem miolo recheado de qualidade

Venda de André Horta, que está prestes a ficar fechada, não interfere com o planeamento do técnico; Moutinho, Zalazar, Carvalho, Gorby e Helguera na primeira linha; Vasconcelos de olho na elite

O plantel foi projetado com André Horta, mas o mercado, já se sabe, dita as suas leis e, até estar fechado, pode fazer das suas… A venda do médio português ao Olympiakos está muito perto de ser uma realidade consumada – o SC Braga deve receber uma verba a rondar os cinco milhões de euros -, mas nem esse dado promove uma alteração de planeamento no que ao meio-campo arsenalista diz respeito.

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É certo que André Horta tem caraterísticas bastante peculiares, que o perfume do seu futebol é sobejamente conhecido, mas também não é menos verdade que o grupo de trabalho dos guerreiros do Minho tem, para o referido setor, várias alternativas que deixam o técnico totalmente descansado. É caso para dizer que Daniel Sousa tem miolo recheado de qualidade.

João Moutinho e Rodrigo Zalazar são, à partida, os dois elementos com maior probabilidade de assumir o duplo pivô no setor intermediário – tal como, de resto, aconteceu no jogo da passada quinta-feira, diante do Maccabi Petah Tivka (2-0), relativo à primeira mão da segunda pré-eliminatória da Liga Europa, mas outros nomes há que a qualquer momento podem ser lançados pelo treinador do SC Braga sem que a qualidade diminua.

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São os casos de Vítor Carvalho (brasileiro que na época passada realizou 44 jogos pelos arsenalistas), Gorby (franco-haitiano que contabilizou 36 encontros durante o empréstimo ao Paços de Ferreira) e Thiago Helguera (uruguaio contratado ao Nacional de Montevideo por 3,75 milhões de euros e cujas esperanças bracarenses estão assentes nos 50 milhões da cláusula de rescisão).

Qualquer um deste trio tem todas as condições para ser chamado à ação e manter o equilíbrio defensivo e o início da primeira fase de construção ofensiva, mas há ainda um outro elemento a ter em conta e que, estando, para já, na sombra, procura um lugar ao sol entre a elite dos guerreiros do Minho. João Vasconcelos.

Aos 19 anos, o internacional pelas camadas jovens de Portugal (dos sub-15 aos sub-19) é um dos produtos da formação bracarense e a sua criatividade e qualidade técnica permitem-lhe jogar em várias posições do terreno: nas alas, como número 10 ou como médio interior. Vasconcelos vai continuar a competir na equipa B do SC Braga, mas a qualquer momento pode ser chamado ao plantel principal, tal como, de resto, já aconteceu nesta pré-temporada. E assim deverá ser durante a época. Depois, é tudo uma questão de confirmar todo o seu valor para se fixar, em definitivo, no topo da pirâmide.