SC Braga-Maccabi Petah Tikva, 2-0 Os destaques do SC Braga: Zalazar construiu a ponte para Bruma e Horta baixarem as defesas israelitas
Uruguaio foi o melhor na 1.ª parte e não travou a marcha depois do descanso. Marcou com classe a grande penalidade que originou o 2-0; extremo luso-guineense e capitão bracarense combinaram na perfeição para abrir o ativo
8 Rodrigo Zalazar
A maioria dos movimentos de rutura saíram da imaginação do uruguaio, sem dúvida alguma o melhor bracarense na 1.ª parte e também o mais produtivo depois do descanso. Bruma nem sempre aproveitou da melhor forma as chamadas à profundidade, mas à medida que Zalazar ditava as suas leis em campo os israelitas procuraram refúgio na sua área, antecipando o perigo que dali vinha. Teve um impacto tremendo no crescimento do ataque da equipa de Daniel Sousa, até na forma serena como converteu a grande penalidade, com classe, enganando o guarda-redes e transportando o SC Braga para uma vantagem que abre excelentes perspetivas para a 2.ª mão, dia 1 de agosto, em Sófia, casa emprestada dos israelitas. É um craque e atravessa um grande momento de forma
6 Matheus – Passou por um único susto quando Mohamid surgiu ameaçador na área, e com remate em jeito fez a bola passar muito perto do poste esquerdo. Nesta fase, o SC Braga respirava melhor com o 2-0, e, por momentos, esqueceu-se que o Maccabi Petah Tikva ainda tinha batidas.
6 Victor Gómez – Mais retraído que o normal até ao intervalo, talvez por razões de natureza estratégica, porque no resto lidou bem com a presença dos dois atacantes do conjunto israelita, Mohamid e Stor. Quando o adversário procurava reduzir a desvantagem, atirou-se a fundo na tarefa de manter a baliza a salvo.
6 Serdar – Sem muito trabalho, viu-se ultrapassado pela velocidade de Hazan num dos poucos lances de perigo construídos pelo Maccabi Petah Tikva nos primeiros 45 minutos. Apesar disso, nota positiva para o turco, que construiu com o companheiro Niakaté um lance venenoso na área israelita que só não resultou em golo por mero azar e ainda aliviou de cabeça cruzamentos que poderiam colocar Matheus sob pressão.
6 Niakaté – Tranquilo na defesa dos seus domínios, a expandir-se, aqui e acolá, para a área contrária em lances de bola parada. Aos 55’, servido por Serdar, teve os golos no pé direito e levou as mãos à cabeça quando um israelita se intrometeu em tão belo diálogo com a baliza adversária. Implacável a ganhar bolas na sua área.
6 Adrián Marín – Continua a merecer a confiança de Daniel Sousa, depois de na época anterior ter vivido na sombra de Borja. Percebe-se a opção. O espanhol tem a solidez de uma rocha, e quando sobe no apoio ao ataque, fá-lo com critério, e os cruzamentos, na sua maioria, dão que fazer aos defesas contrários. Num deles serviu na perfeição El Ouazzani, só que o franco-marroquino não deu à bola o impulso que ela pedia.
7 João Moutinho – A gestão do jogo bracarense passou muito pela sua capacidade de descobrir caminhos para a baliza de Wolff, mas não foi fácil contornar a fortaleza israelita formada por cinco defesas. Com o tempo, e como é um jogador inteligente, soube tornar a parceria com Zalazar ainda mais efetiva e rapidamente o SC Braga criou as condições para, em três minutos, sair do jogo com boa vantagem para a 2.ª mão da eliminatória.
7 Roger Fernandes – Levou com a marcação de Cohen, lateral, e do central Hendy, dois opositores persistentes. Começou solto e perigoso, mas até à 1.ª parte só se soltou do colete-de-forças aos 45+3 quando Zalazar o colocou em boa posição para finalizar. A bola saiu a dizer olá ao poste esquerdo. Com o desgaste das suas referências de marcação, voltou a crescer e ganhou o penálti convertido por Zalazar que resultou no 2-0.
8 Ricardo Horta – O capitão atirou forte e com vontade de celebrar aos 41’, mas a bola foi travada pela luva de Wolff, que a agarrou à segunda tentativa. Na segunda vez que encarou o argentino, não teve contemplações. A abertura de Bruma ainda teve a oposição de um israelita, mas a bola seguiu firme para a finalização sem floreados do número 21 arsenalista.
7 Bruma – Perdulário, mas determinante para arrombar o cofre, num passe largo para Ricardo Horta fazer o primeiro golo e também o primeiro golpe de misericórdia no Maccabi Petah Tikva. A oportunidade mais clara, aos 56’, foi travada pela genial oposição de Wolff, mas é justo reconhecer que sem Bruma ainda hoje o Braga estaria à procura da rota para o golo.
6 El Ouazzani – Sempre muito disponível o franco-marroquino, um pouco ao estilo de Lima, ex-SC Braga e ex-Benfica, mas (ainda) não tão demolidor na área. Bom cabeceamento a cruzamento de Marín, aos 51’, e importante trabalho no desgaste a que submeteu as três torres da defesa.
5 Banza – Pouco tempo em campo, ainda assim pediu bola e teve-a para injetar alguns ataques.
4 Gorby – Aposta necessária para acalmar os ímpetos dos israelitas. Entrou um pouco a frio, e nem sempre acompanhou o ritmo da partida.
5 Roberto Fernández – Quase, quase a fazer o 3-0 no primeiro minuto do tempo de compensação. Primeiro remate intercetado por Wolff, na recarga, com a baliza aberta, apareceu Karo a estragar-lhe a estreia oficial.
6 Gabri Martínez – Fixem o nome. Mal entrou, soltou a bola para o lado esquerdo onde encontrou Roberto Fernández em boa posição para finalizar. O golo foi evitado pelo guarda-redes e pelo central Karo. No último suspiro da partida, obrigou Wolff a grande intervenção a evitar o terceiro golo do SC Braga.
- João Marques – Mal deu para transpirar.