Treinador do SC Braga alerta para os perigos que o Maccabi Petah Tivka pode oferecer; israelitas podem não ser tão conhecidos do grande público, mas têm qualidade, assinala; não sente pressão porque, defende, os arsenalistas estão habituados a «jogar sempre para vencer»; está satisfeito com o plantel que tem à sua disposição
O SC Braga estreia-se oficialmente na época 2024/2025 já amanhã (20.30 horas), com a receção ao Maccabi Petah Tivka, em jogo referente à primeira mão da 2.ª pré-eliminatória da Liga Europa, e Daniel Sousa está motivado para o desafio.
O técnico arsenalista vai, também ele, fazer o seu primeiro jogo ao serviço dos guerreiros do Minho, e pese embora do outro lado esteja uma equipa que não é tão conhecida quanto isso, os alertas chegaram ao balneário bracarense. Afinal, diz Daniel Sousa, a análise feita ao adversário prevê dificuldades. Ainda assim, garante, os seus jogadores estão prontos para darem uma resposta à altura.
«Estou muito feliz de estar cá. Será o primeiro jogo, e em casa, e precisamos da força e da união dos nossos adeptos. Será uma eliminatória difícil de enfrentar, diante de um adversário difícil. Como é uma equipa que não é assim tão conhecida, pode haver o pensamento de que será uma eliminatória fácil, mas não vai ser o caso. Nós estudámos o adversário, preparámos o jogo e sabemos o que vamos encontrar. É uma equipa com qualidade, que venceu a Taça de Israel, e que tem jogadores rápidos na frente de ataque. Precisamos de estar unidos e isso será determinante para vencermos. A dificuldade deste jogo prende-se com o contexto em que acontece, uma vez que, sendo o primeiro jogo oficial, é logo numa competição a eliminar. Sabemos que tudo isto vai ser um processo, que vai demorar o seu tempo, e durante o qual iremos sempre melhorar. Mas o grupo está preparado para este desafio, é um jogo que queremos ganhar, mesmo sabendo das dificuldades que iremos ter para o conseguir», salientou.
Sobre uma eventual pressão que alguns dos elementos do seu grupo de trabalho possam sentir, Daniel Sousa acercou-se da dimensão do SC Braga para desmistificar essa questão: «Estamos a falar de um clube, de uma equipa e de jogadores que estão habituados a esse tipo de pressão, ambiente e necessidade de vencer jogos. E é para isso que nós também estamos cá, para vencer jogos. Seja de qualificação da Liga Europa ou qualquer jogo de campeonato, teremos sempre essa pressão de vencermos os jogos todos.»
O SC Braga tem já uma história considerável na Liga Europa, tendo, inclusivamente, disputado a final da competição na época 2010/2011 (derrota por 0-1 diante do FC Porto, em Dublin, na Irlanda), e, instado a pronunciar-se sobre uma hipotético regresso de uma equipa portuguesa ao palco das decisões, Daniel Sousa diz acreditar.
«Eu acho que vai ser um desafio grande para todas as equipas, não só para o SC Braga. A densidade de jogos é enorme e isso também chega aos treinadores, que têm de gerir o esforço dos jogadores. As equipas portuguesas já demonstraram mais do que uma vez que a competência está cá e que é possível», assumiu.
Na conferência de Imprensa realizada ao final da manhã desta quarta-feira, Daniel Sousa foi também questionado sobre o processo relativo à pré-temporada e, em concreto, sobre o ponta de lança que irá utilizar amanhã, na receção aos israelitas: Simon Banza ou El Ouazzani? O técnico, de 39 anos, não quis esclarecer essa questão, preferindo salientar o entrosamento que será necessário entre os jogadores que forem chamados a jogo.
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«Tentámos dar o máximo de minutos a todos os jogadores durante a pré-temporada. Os internacionais acabaram por chegar mais tarde. Em função do adversário, o mais importante do que quem vai jogar é o entrosamento que estamos à procura na nossa equipa e isso é que vai levar às decisões relativamente ao onze inicial que estará amanhã em campo», referiu.
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Paulo Oliveira é uma das baixas garantidas para o jogo de amanhã, juntando-se a outro defesa-central no lote dos indisponíveis: Robson Bambu. Daniel Sousa lamenta, naturalmente, não ter todos os jogadores à sua disposição, mas deixa a garantia de que quem entrar nos eleitos estará à altura das responsabilidades: «Na pré-época é muito natural que surjam algumas questões físicas, nomeadamente ao nível muscular, devido às cargas. No último jogo tivemos a infelicidade do Paulo Oliveira. Mas quem está dará a resposta e estamos plenamente satisfeitos.»
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António Salvador tinha dito, na última semana, que o plantel do SC Braga estava praticamente fechado, e Daniel Sousa parece assinar por baixo. O técnico diz estar feliz com os jogadores que tem à sua disposição e, como tal, o foco está totalmente virado para a competição. «Estou bastante contente com o plantel que temos e com as soluções que encontrámos. Obviamente que já sabemos como funciona o mercado, que está aberto até agosto, mas estamos bastante contentes com o que temos à nossa disposição», concluiu.
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