E que tal comprar já os bilhetes para a Suíça?
Zalazar marca de penálti o segundo golo do SC Braga contra o MAccabi Petah Tikva. Foto: Grafislab

SC BRAGA-MACCABI PETAH TIKVA, 2-0 E que tal comprar já os bilhetes para a Suíça?

INTERNACIONAL25.07.202423:33

SC Braga muito superior ao Maccabi Petah Tikva está com pé na próxima eliminatória. Vitória poderia ser muito mais gorda, mas minhotos muito, muito dificilmente vão deixar escapar a oportunidade de defrontar o Servette

Será, obviamente, exagerado dizer que mais dificilmente o sol deixará de nascer do que o SC Braga deixará de qualificar-se para a terceira pré-eliminatória da Liga Europa. Mas tamanha é a diferença de qualidade entre os minhotos e o Maccabi Petah Tikva que é difícil acreditar noutro desfecho. A vitória, esta quinta-feira, não expressou, nem de perto nem de longe, o que vale uma e outra equipa.

Claro que no futebol quase tudo é possível e que todos no SC Braga dirão que ainda falta um jogo (e falta, mas em Sófia, Bulgária, porque os israelitas não podem jogar em casa devido ao conflito militar com os palestinianos), mas ninguém levará a mal que se comece a olhar para aquele que será, mais do que muito provavelmente, o próximo adversário, o Servette, que já ganhou os dois primeiros jogos do campeonato suíço esta época e dará muitos mais problemas. Isso, porém, serão contas de outro rosário.

O SC Braga, mesmo sem ser brilhante e ainda com as dores de crescimento de início de época, foi muito superior ao Maccabi Petah Tikva. Aos 3 minutos, El Ouazzani isolou-se e foi derrubado por Hendy, que viu logo o cartão vermelho, mas o lance seria anulado, por fora de jogo do avançado marroquino, depois de análise de dois minutos do videoárbitro. Os minhotos entraram cheios de energia, com vontade de fazer as coisas depressa e bem, com lances velozes e verticais para levar depressa a bola à baliza, mas perderam a genica com o passar dos minutos e com as jogadas a morreram rapidamente nos pés dos adversários.

O Maccabi Petah Tikva apresentou linha de cinco atrás e fechou os espaços no centro do terreno, convidando o SC Braga a explorar as linhas, nas quais os extremos deram de cara com os laterais israelitas. Já os laterais minhotos não conseguiram dar profundidade e os centros, ainda longe da área, morriam na muralha adversária. E foi quando o Maccabi Petah Tikva começou a ganhar confiança que o SC Braga se sentiu melhor. Numa saída em contra-ataque Zalazar isolou Bruma, mas Wolff ganhou o duelo (34’). Ricardo Horta disparou com perigo aos 41’ e Roger fez o mesmo aos 47+3’ depois de servido por Zalazar.

Estava mesmo a ver-se que o mais difícil seria marcar o primeiro. E foi. A equipa de Daniel Sousa quis resolver e resolveu depressa o assunto. Em três minutos. Depois do intervalo, pressionou mais alto e recuperou a bola em terreno mais adiantado e foi eficaz na execução das jogadas rápidas de ataque e na finalização. Aos 56’, Bruma recebeu a bola de Niakaté, passou por Dezent e Karo e tocou para Ricardo Horta marcar o primeiro, que beneficiou de um ressalto em Galabov para ficar isolado. Três minuto depois, Roger foi derrubado na área por Hendy e Zalazar marcou de penálti. Os israelitas estavam derrotados e sem forças.

A vitória estava no bolso do SC Braga e a questão, a partir desse momento, era apenas saber qual seria a diferença no marcador. Não houve mais golos, apenas por falhas na finalização. Roberto Fernández, no mesmo lance, atirou contra o guarda-redes e na recarga rematou para a baliza, mas o disparo foi travado, em desespero por Karo (90’). Aos 90+6’ foi Gabri Martínez que surgiu isolado pela direita mas rematou contra Wolff.

O jogo da segunda mão em Sófia será uma formalidade para o SC Braga. E o sol também não deixará de nascer.