Os (muitos) recordes que marcaram o Euro 2024
Portugal esteve em destaque no Euro 2024 por vários motivos (IMAGO)

Os (muitos) recordes que marcaram o Euro 2024

INTERNACIONAL14.07.202408:00

Prova termina este domingo; para trás, ficaram 50 jogos, 114 golos e várias marcas que fizeram deste um Europeu inesquecível

Espanha e Inglaterra encerram o Euro 2024 este domingo no Estádio Olímpico de Berlim. Mas, quer os espanhóis se tornem na seleção mais vitoriosa de sempre da prova, quer os inglesas a vençam pela primeira vez, este Campeonato da Europa já estabeleceu várias marcas que dificilmente serão repetidas.

Portugal em destaque no bem e no mal

A Equipa das Quinas começou a campanha no Euro com uma vitória, graças a um golo de Francisco Conceição aos 90+2’. Sérgio Conceição certamente viu esse momento com um orgulho paternal, mas talvez não soubesse que o seu filho fizera história. Isto porque para além da dupla Conceição, os Chisea (Enrico e Federico) eram o único duo de pai e filho que já marcara num Europeu.

Cristiano Ronaldo ficou em branco na prova, mas tornou-se no primeiro jogador de sempre a jogar em 6 Campeonatos da Europa, para além de se destacar na lista de homens com mais jogos na prova (30). Pepe é outro exemplo de longevidade na seleção portuguesa e tornou-se no jogador mais velho de sempre a jogar num Europeu – tinha 41 anos e 130 dias de idade quando os lusos foram eliminados pela França, nos quartos de final.

E claro que não dá para fugir à exibição perfeita de Diogo Costa frente à Eslovénia. O guardião não só defendeu as três grandes penalidades eslovenas no desempate dos oitavos de final (um recorde), como também se tornou no primeiro de sempre a não sofrer nenhum golo num desempate por penáltis no Europeu.

Por fim, Portugal terminará o Euro como a equipa com mais posse de bola, em média, em todo o torneio – 64,8%, com uma distância confortável para o 2.º classificado (Alemanha, com 59,2%).

Da juventude à veterania

Os jovens jogadores foram um dos maiores destaques de todo o Euro 2024, começando, desde logo, pelo incontornável Lamine Yamal, que lidera a lista de jogadores com mais assistências na prova (três) e é o mais novo de sempre a jogar e a marcar na história dos Europeus. Nas meias-finais, contra a França, tinha apenas 16 anos e 362 dias.

E o que dizer de Arda Guler? O prodígio turco “só” bateu um recorde de Ronaldo, sendo agora o mais novo de sempre (19 anos e 144 dias de idade) a fazer um golo (e que golo!) na sua estreia num Campeonato da Europa, batendo a marca do português por apenas duas semanas.

Julian Nagelsmann não é jogador, mas é sim o selecionador mais novo na história da prova, tendo começado o torneio ao comando da Mannschaft com a tenra idade de 36 anos e 327 dias.

Mais velho do que Nageslmann é Luka Modric, que aos 38 anos de idade escreveu o seu nome na história do Euro, sendo agora o mais velho que já marcou no mesmo (fê-lo frente à Itália). Já N’Golo Kanté teve um verdadeiro renascimento na Alemanha. Exilado na Liga Saudita, pegou de estaca na equipa francesa e estendeu a sua série recordista de invencibilidade no Euro para 15 jogos – outro recorde. Esta marca foi interrompida nas meias-finais, por Espanha.

Golos e mais golos

24 segundos. Foi o tempo que a Albânia precisou para marcar à Itália. E é também o registo (muito difícil de bater) do golo mais rápido num jogo do Euro. Nedim Bajrami pulverizou a marca anterior de 67 segundos, do russo Dmitri Kirichenko.

Passando do golo mais rápido para o mais tardio: a vitória da Hungria sobre a Escócia (1-0) foi decidida aos 100’ pelo ex-Benfica B Kevin Csoboth, que é agora o autor do golo mais tardio de sempre de um jogo, sem contar com prolongamentos, do Euro.

E para quem gosta de golos, daqui a quatro anos, o melhor é ver um jogo da Chéquia (se, claro, a seleção se qualificar para a prova). Isto porque os últimos 27 jogos da equipa no Euro nunca terminaram sem golos.

No que toca a impedir golos, ninguém esteve ao nível do guarda-redes georgiano Giorgi Mamardashvili, que realizou 30 defesas em quatro jogos. Para comparar, o neerlandês Bart Verbruggen é o 2.º guardião com mais defesas no Euro, tendo feito 18 em mais dois jogos do que o georgiano.

Assim, na final deste domingo, o registo mais importante que se pode decidir – para além obviamente da seleção vencedora – é o de melhor marcador. Harry Kane e Dani Olmo são os que estão melhor posicionados para tomarem a liderança isolada desta lista, eles que têm os mesmos três golos marcados que Mikautadze, Musiala, Gakpo e Schranz.