Margarida Postiga: «Ganho ao meu pai no um contra um, mas ele é forte»
Margarida Postiga ajudou a equipa sub-16 da AB Porto a vencer o 17.º Festival do Basquetebol Fotografia FPB

ENTREVISTA A BOLA Margarida Postiga: «Ganho ao meu pai no um contra um, mas ele é forte»

BASQUETEBOL15.04.202508:05

PARTE 1 - Filha do antigo futebolista internacional português conta com o apoio incondicional da família no basquetebol e como a modalidade, treinadores e colegas a têm ajudado a ganhar confiança diariamente. No passado fim de semana ajudou a seleção de sub-16 da associação do Porto a ganhar a 17.ª edição do Festival do Basquetebol juvenil em Albufeira.

Dois anos após ter ajudado a seleção da Associação de Basquetebol do Porto a ganhar os sub-14 femininos da Festa de Basquetebol juvenil, Margarida Postiga, filha do ex-futebolista internacional português Hélder Postiga, voltou a Albufeira, para contribuir para o êxito da ABP. Desta feita batendo Santarém (58-42) na final de sub-16.

Terminou com 10 pontos, com 2/3 em triplos, 2 ressaltos, 1 assistência, 3 roubos de bola e 4 turnovers em 19 minutos. Terceira jogadora, das 15 da equipa, mais utilizada na final, Margarida, de 15 anos, teve forte contributo para que o Porto conseguisse, pela primeira vez, o tri no escalão. Repetindo o êxito de Aveiro (2009, 2010, 2011) e Lisboa (2016, 2017, 1018). Na bancada, o pai e a mãe, Ana Filipa, acompanharam o torneio ao longo dos quatro dias, vestindo uma t-shirt da AB Porto.

Seleção sub-16 da AB Porto que venceu o 17.º Festival de Basquetebol juvenil em Albufeira Fotografia A BOLA

«Há dois anos estava muito nervosa, era a primeira vez que estava na Festa do Basquetebol. Mas agora, posso dizer que melhorei muito, graças aos meus treinadores, colegas e também ao meu esforço», conta a extremo, de 1,70m, que atua no Clip Teams. «Da outra vez estava demasiado nervosa e não pensava que o basquetebol me ia ajudar tanto na vida e no meu dia-a-dia. Estou muito agradecida só de ter esta oportunidade de vir e ter estes momentos com a equipa, as minhas amigas — tenho cá duas colegas de equipa [Gabriela Carvalho, Maria Marcelino] e o Filipe [Rocha, adjunto da seleção de Sérgio Pinto]. Sinto-me muito feliz por todos os treinadores e colegas que me ajudaram e deram confiança para continuar. Acho que foi isso que me ajudou a chegar aqui e a conseguir esta vitória», conta Margarida, num só fôlego, depois de ter subido ao pódio para receber a medalha e festejar a entrega do troféu.

Afinal, para quem estava tão nervosa há dois anos, hoje, correu tudo muito bem? «Sim! Queria dar tudo e mostrar que merecíamos este título. Nas sub-14 não sabia que poderia levar o basquetebol tão a sério e hoje penso que é algo que me ajuda imenso diariamente. Só quero agradecer», reforça.

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PARTE 2 - Antigo internacional português e do FC Porto e Sporting acompanhou os quatro dias de competição da filha mais nova, Margarida, no 17.º Festival de Basquetebol juvenil, em Albufeira, e a conquista do título de sub-16, depois de, há dois anos, já ter ganho o de sub-14. Diz que tudo é muito mais do que basquetebol e espera que ela possa retirar a experiência de uma forma positiva.

E esperava marcar tantos pontos [os jogos são só de 32m]?« O mais importante é que dei o máximo e contribuí para a equipa».

E que é que pretende do basquetebol, chegar a sénior, à seleção? Estudar nos Estados Unidos e jogar? «Por acaso, isso é um sonho que tenho recentemente», responde de imediato e abrindo o sorriso. «Agora quero levar o basquete como uma coisa a sério, gosto mesmo de jogar, mas, principalmente, o meu sonho é chegar aos Estados Unidos, passar lá uns tempos, porque será uma experiência inesquecível, e mais difícil que todas as outras», conta Margarida que ainda «não tem nada em mente», em termos de curso.

Margarida Postiga na final contra a seleção de Santarém Fotografia A BOLA

«Sou uma boa aluna e se conseguir uma bolsa com a ajuda do basquetebol, poderei conseguir e aproveitar as diferenças do jogo, dos treinadores e do ambiente», revela a jogadora do Clip Teams, onde joga desde os 10 anos.

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Antigo internacional português e múltiplo campeão nacional com passagens por Benfica, FC Porto, Queluz e Portugal Telecom deixou de ser agente de jogadores para passar a ser treinador, seguindo a pegadas da irmã Mery. Está como adjunto estagiário na seleção sub-16 de Lisboa que vai disputar a final do 17.º Festival de Basquetebol juvenil que termina este domingo em Albufeira

E, tendo um pai futebolista, como foi parar ao basquetebol? «Os meus pais queriam que eu fizesse uma modalidade e eu adoro desporto e todas as modalidades», conta. «Já pratiquei muitas, mas quando cheguei ao basquetebol não conseguia jogar. Era horrível e não tinha confiança nenhuma. Não queria ir aos jogos e não jogava. Por isso, disse que o mais importante foi a confiança que as minhas colegas e treinadores me deram. O apoio de todos quando erro ou até quando consigo qualquer coisa super-boa. Para o bem ou para o mal, estão sempre lá» afirma Postiga que antes também passou pelo ténis, futebol e ginástica rítmica.

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Tal como o pai e avô, a jovem da Seleção de Setúbal, que está na Festa do Basquetebol, em Albufeira, também tem no basquetebol a modalidade preferida. Gostava de ir estudar e jogar para uma universidade americana, se possível North Carolina, e tornar-se profissional. Márcia Costa e Kobe Bryant são os seis ídolos mas, para já, sabe que tem de ganhar mais confiança pessoal para dar tudo o que sabe em campo.

«Pratiquei muita coisa, mas nunca me tinha identificado com o basquete. Estou tão grata por ter todas estas conquistas que entretanto consegui», completa Margarida sem ter qualquer ídolo na modalidade, seja a nível nacional, NBA ou WNBA. «Por acaso não. Até porque só recentemente quis levar o basquete mais a sério. O que aprecio mesmo é o jogo em si, estar em equipa e com o espírito que há em campo», esclarece.

Margarida Postiga com os pais, Hélder e Ana Filipa, após a vitória no 17.º Festival de Basquetebol juvenil

E em casa, não ficaram com pena de não ter ido para o futebol? «Não, não... A minha família sempre foi virada para o futebol. Estávamos sempre numa casa só de futebol. Vivi em Espanha, depois vim para Portugal, sempre a mudar de casa, mas cresci num ambiente de futebol com o meu pai. Penso que o basquetebol trouxe para a família um momento super diferente. Começaram a adorar ir ver os jogos, apoiar-me. O apoio da minha família também me ajudou imenso».

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Na final que encerrou a 17.ª ediçao do torneio que reune as 18 associações distritais, a formação lisboeta dominou o ritmo e o marcador ao longo de quase toda a partida, mas nos últimos minutos tremeu e quase ia perdendo a liderança ao ter dificuldade na transição para o ataque face à pressão adversária. Foi o seu sexto título no escalão.

E tem de explicar as regras ao pai ou ele percebe de basquetebol? «Desde que entrei no basquete ele gosta de ver em casa e vai acompanhando alguns jogos na televisão, mas claro, às vezes tenho de o ajudar um bocadinho», ri-se. E se jogar um contra um contra ele, quem ganha? «Eu! Eu! Mas ele também é muito forte.»

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Além da observação e acompanhamento de jovens basquetebolistas de todo os país entre os 12 e os 16 anos, a celebração e competição em Albufeira também serve para que a federação encontre e aposte em novas promessas da arbitragem, tendo em vista o crescimento técnico dos ainda pouco experientes árbitros e adquirem capacidade para, um dia entrarem na Liga e mais tarde em competições nacionais. Ivan Santos e Felipe Alijas são dois exemplos.