Voleibolista grávida de seis meses torna-se viral (vídeo)
Priscila Heldes, distribuidora do Fluminense, está nas bocas do mundo, depois de imagens suas a jogar contra o Sesi Bauru, com barriga bastante saliente, serem amplamente divulgadas
Chama-se Priscila Heldes, tem 33 anos, e é distribuidora da equipa de voleibol feminina do Flamengo. Está gravida de seis meses, de um menino, que se vai chamar Emanuel, e, num ápice, tornou-se viral, após o jogo com o Sesi Bauru. Foi alvo de críticas, elogios e, em entrevista aos brasileiros do iG, explodiu: «Temos de quebrar tabus.»
«Espantei-me um pouco com a repercussão, até porque quem acompanha o vólei já sabia que eu estive ativa durante toda a gestação, estou de seis meses, mas, neste último jogo, contra o Sesi Bauru, estourei a bolha. A repercussão enorme deixou-me um pouco assustada. A preocupação das pessoas era que eu levasse uma bolada na barriga ou caísse de barriga para baixo. Eu tenho uma criança aqui dentro, controlo todos os meus movimentos. Precisamos de quebrar tabus e preciso perceber que a gravidez não vai acabar com a nossa profissão, nem com a carreira», sublinhou.
Priscila conta por que não fez uma pausa na carreira durante este tempo de gestação e todos os cuidados que tem: «Os clubes agora podem dar um apoio maior para as atletas e avaliar se a jogadora está saudável. Toda as mulheres que decidam ter uma gestação ativa, infelizmente, sofrem críticas. Ainda existe a mentalidade de que gravidez é sinónimo de repouso.»
Questionada sobre como reagiram as colegas, a resposta foi clara: «Deram-me um super apoio, foi incrível. Além dos médicos do clube à minha disposição, a minha obstetra acompanha tudo em paralelo. As meninas cuidam de mim dentro e fora das quadras, foi maravilhoso ver toda essa ajuda. Senti-me segura e confortável para dar continuidade.»
Está aí a chegar o Emanuel, e já é famoso. Vai saber de tudo o que vivemos juntos em quadra. Guardei vídeos de jogos e fotos. Foi muito mágico. Amo o vólei e é possível manter as duas coisas
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A distribuidora fez ainda questão de reforçar que tudo foi preparado com o máximo de precaução: «Tive todo o cuidado para continuar a gestação ativa para defender o Flu durante toda a temporada. Conhecia todos os espaços da quadra, super segura nas ações. Acidentes podem acontecer, claro, mas não necessariamente dentro das quadras. É natural sentir medo, mas não me deixei controlar por essa sensação. A minha experiência, depois que descobri que estava grávida, foi o meu melhor momento dentro de quadra. Está aí a chegar o Emanuel, e já é famoso. Vai saber de tudo o que vivemos juntos em quadra. Guardei vídeos de jogos e fotos. Foi muito mágico. Amo o vólei e é possível manter as duas coisas.»
PARECER MÉDICO
O médico do Fluminense, Leonardo Viceconte, também falou ao iG e deu o parecer sobre o caso: «As atletas profissionais já trabalham os fundamentos do desporto, no caso do vólei, desde a infância. Até como vai cair em quadra a jogadora já está preparada. No caso da gestante, claro, tem de ter cuidados redobrados. Mas, a gestação por si só não contraindica, muito pelo contrário, a grávida tem de ter atividade física. Sendentarismo predispõe a uma série de doenças como diabetes e pressão alta.»
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