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Benfica: indignação & choque

NACIONAL15.04.202510:07

Benfica prosseguiu ontem no ataque à arbitragem. «Exigimos igualdade de critérios», disparou o presidente da Mesa da AG, José Pereira da Costa. «Contra tudo e contra todos», atirou Carreras

O Benfica, através do presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Pereira da Costa, continuou a dar voz à indignação provocada pelas arbitragens do fim de semana. O dirigente considerou «estranho» que o árbitro António Nobre não tenha revertido a decisão de assinalar penálti de Nicolás Otamendi sobre Jason, anteontem, com o Arouca, depois de alertado, para o efeito, pelo videoárbitro Luís Godinho, e defendeu que o Benfica foi prejudicado em relação ao Sporting, com efeitos na classificação. A BOLA sabe que os encarnados não farão, por agora, mais diligências sobre o assunto.

Logo após o final do jogo com o Arouca, o Benfica, através de comunicado, manifestou «profunda preocupação em face» do que considerou «episódios graves vividos nesta jornada em termos de arbitragem». Argumentou que «nos Açores um penálti contra o Sporting foi ignorado» e que na Luz «um penálti inexistente foi marcado contra o Benfica». E concluiu: «Exige-se competência e rigor nas jornadas que restam até ao final do campeonato. A verdade desportiva da competição não pode ser desvirtuada por más decisões de arbitragem, sobretudo quando existe VAR cuja missão é evitar e corrigir erros grosseiros.»

José Pereira da Costa considera que o lance entre Otamendi e Jason «não é penálti» e entende que foi «estranho» o árbitro António Nobre não ter «corrigido a decisão» depois de alertado pelo VAR.

«Há duas situações este fim de semana com tratamentos diferentes, com prejuízo para o Benfica e que se refletem na classificação. Exigimos igualdade de avaliação e de critérios. Foi para isso que surgiu o VAR. Dele se retira que o Benfica tem razões de queixa e é para ser lido por quem de direito. A equipa do Benfica tem tido um espírito que a leva a estar em primeiro lugar e se verá quem leva vantagem. O que pugnamos é por igualdade de critérios», afirmou José Pereira da Costa, em declarações à Rádio Renascença.

«Nas últimas jornadas, desde que o Benfica chegou à liderança partilhada, temos assistido a algumas situações um pouco inexplicáveis, atendendo a dados objetivos, e em prejuízo da igualdade. [...] Que o campeonato seja disputado dentro das quatro linhas até ao último segundo. Em rigor, que se cumpra aquilo que todos veem», reforçou à Antena 1.

Carreras também reage

Álvaro Carreras foi um dos poucos jogadores que reagiram, nas redes sociais, ao empate com o Arouca. «Contra tudo e contra todos», escreveu o lateral-esquerdo, deixando espaço para interpretações de críticas às decisões da arbitragem.

A BOLA sabe que a indignação também domina os jogadores do Benfica, especialmente os mais experientes. Ninguém se pronunciou sobre o assunto e mesmo Bruno Lage, no fim do jogo, foi prudente e pediu «critério uniforme para toda a gente».

O empate com o Arouca, sobretudo depois da vitória gorda sobre o FC Porto no Dragão, foi um choque para o plantel. Não apenas, no entanto, pelas questões da arbitragem. Os jogadores reconhecem que o desempenho de domingo não esteve à altura do exigido, especialmente numa fase em que os deslizes se pagam cada vez mais caro. O reforço de confiança depois do triunfo no Porto sofreu um rude golpe, não há como ignorá-lo, mas no Seixal, desde ontem, já se olha para a frente.

A equipa regressou ao Centro de Formação e Treino, no Seixal, ontem de manhã, para sessão de recuperação daqueles que estiveram em campo com o Arouca e treino normal para os restantes. Ninguém quer ficar agarrado ao que se passou, nem dramatizar a situação até porque, como sublinhou Lage na conferência de imprensa de domingo, «a equipa continua a depender de si própria» para conquistar o título de campeão.