O herói do último empate na Luz: «O Estrela tem condições para pontuar com o Benfica»
Paulo Ferreira, antigo extremo, marcou o golo que selou o 2-2 diante dos encarnados, num duelo da 16.ª jornada da época 1997/1998, já lá vão mais de 25 anos. Através de A BOLA, deixa mensagem de esperança ao amigo Filipe Martins, atual treinador dos estrelistas e seu antigo colega de equipa na Reboleira
A história serve para guardar registos eternos e foi pegando, exatamente, na história que A BOLA esteve à conversa com Paulo Ferreira. O antigo extremo do Estrela da Amadora foi o autor de um dos golos do empate (2-2) conseguido pelos tricolores no recinto do Benfica, já lá vão mais de 25 anos.
No dia 11 de janeiro de 1998, o emblema da Amadora pontuava pela (segunda e) última vez na Luz em jogos a contar para o principal escalão do futebol português. Já depois de os encarnados irem para o intervalo a vencer por 2-0, com um bis do ponta de lança sueco Martin Pringle, o Estrela da Amadora, então orientado por Fernando Santos, chegou à igualdade na etapa complementar, com golos de José Carlos e Paulo Ferreira.
«Sim, estávamos a perder ao intervalo e depois empatámos, já perto do fim. Mas do meu golo já não tenho assim tanta memória [risos]», começou por dizer o antigo craque do conjunto da Reboleira.
Agora, tantos anos depois, Paulo Ferreira acredita que o Estrela pode voltar a pontuar na Luz, mesmo antevendo um cenário complicado para o conseguir: «Claro que sabemos que é muito difícil, as diferenças entre os clubes são ainda maiores do que eram nessa altura, mas penso que o Estrela terá todas as condições para surpreender o Benfica.»
No emblema da Amadora, Paulo Ferreira foi colega de equipa de… Filipe Martins. Razão pela qual surgem naturais palavras de elogio ao atual técnico dos estrelistas. «Fiquei muito feliz com o seu regresso ao clube, agora enquanto treinador. É a pessoa certa no lugar certo. Tem todas as competências para fazer um excelente trabalho, o Estrela da Amadora vive também uma boa fase do ponto de vista estrutural e diretivo e, como tal, entendo que o Filipe Martins foi a escolha acertada», assume, recordando tempos antigos: «O Filipe era um bom miúdo e adaptou-se muito bem na transição dos juniores para os seniores. Nós tínhamos um excelente balneário, com malta batida, nomeadamente os capitães Rebelo e Rui Neves, e ele integrou-se na perfeição.»
A finalizar, Paulo Ferreira projeta o sucesso: «Estão reunidas todas as condições para que o Estrela da Amadora realize uma época tranquila e consiga a permanência mais cedo do que na temporada passada.»