Filipe Martins: «Um ponto que nos serve de ânimo»

Treinador do Estrela da Amadora considera o empate em Braga uma boa entrada na Liga, pois é sempre um terreno complicado; técnico elogiou os seus jogadores e falou de como é bom contar com um jogador como o Nani

Filipe Martins, treinador do Estrela da Amadora, apreciou a entrada em campo da sua equipa, mas que foi perdendo gás, pois o SC Braga partiu para cima e foi encostando a sua equipa à sua área. O técnico considerou, ainda, que somar um ponto na Pedreira é positivo para o arranque da temporada e deixou elogios a todos os seus jogadores, especificando, devido às questões, o caso de Nani.

Uma análise ao jogo, por favor? Considera o resultado justo?

- Entramos bem, a tentar condicionar e a roubarmos bolas em zona alta. A partir dos 15 minutos começámos a baixar um bocadinho, com o extremo a baixar demasiado e o SC Braga conseguiu encostar-nos lá trás. Não conseguimos sair mais em transição. Mas, de salientar a qualidade do SC Braga, com uma equipa muito competitiva e com jogadores de enorme qualidade, com três jogos oficiais, por isso com outro ritmo. Tentamos ir à procura de mais na segunda parte e fomos à procura do golo, o SC Braga foi mais acutilante, mas tivemos boas oportunidades na segunda parte e também na primeira.

Surpreendido com o onze do SC Braga? Que procurou com as substituições?

- A partir do momento que vimos o onze, percebemos que o SC Braga não iria jogar tanto pelas alas e que ia procurar o jogo interior. Tinha a certeza que o Vítor Carvalho ia jogar e nesse aspeto o Daniel foi inteligente. O Moutinho a baixar para a construção. O Zalazar a deambular e o Ricardo Horta a aparecer em zonas interiores. A maior surpresa a nível tático acabou por ser o Roger na esquerda. As substituições também foram para proteger, como retirar o Keliano que já tinha amarelo. Fomos eficazes quando tivemos a bola e tiramos partido, ao chegar a bolas laterais, que foram trabalhadas e o Matheus evitou. Maior caudal do SC Braga, mas sem oportunidades flagrantes e o resultado acaba por ser justo.

O que espera de um jogador como o Nani?

- Qualidade enorme. Todos os jogadores que entraram, como o Caio que se estreou na primeira Liga que tem trabalhado imenso. O Danilo fez um jogo estupendo, com um sacrifício enorme. É um jogador até pela capacidade de se cuidar, que aos 37 anos está numa forma incrível. Trouxe-nos a capacidade de termos mais a bola que juntamente com a entrada do Leo Cordeiro e do Caio fomos conseguindo. Todos entraram bem no jogo. Um ponto que nos serve de ânimo e que nos dá alento para o futuro, principalmente, aqui na Pedreira que é sempre complicado e dedicar aos nossos adeptos que fizeram muitos quilómetros para estarem aqui hoje.