Mexicanos pedem Paulinho na seleção… do México

NACIONAL11:15

O crescimento do Toluca desde que os portugueses chegaram, a qualidade de vida e o impacto brutal do ex-Sporting na Liga MX. Nuno Campos explica

Uma das surpresas de verão foi a saída de Paulinho do Sporting rumo, precisamente, ao Toluca, onde Nuno Campos é adjunto de Renato Paiva. E o avançado tem estado em destaque no México, como revela o braço direito do treinador português.

«Paulinho está muito bem. Não sei se as pessoas em Portugal têm noção do impacto brutal que ele está a ter no México. É o melhor marcador com oito golos, o melhor assistente, o que tem mais participações para golo e o que foi considerado mais vezes MVP. Está num momento de época extraordinário e é um profissional exemplar. Até se poderia falar na Seleção Nacional. Tenho alguns mexicanos que me dizem: ‘quem nos dera que ele pudesse jogar na seleção mexicana’… Está muito contente, tem sido fantástico», conta.

Nuno Campos não se arrepende minimamente de ter escolhido prosseguir a carreira na Liga MX. «Estamos muito satisfeitos com este projeto. A equipa tem crescido bastante desde que chegámos aqui: estamos no terceiro lugar na fase regular e temos o segundo melhor ataque. Os adeptos reconhecem isso. O Toluca é um clube que não ganha há 14 anos e estamos a construir bases sólidas para acabar com isso. Além disso, temos valorizado jogadores, como aconteceu recentemente com a ida do Maxi Araújo para o Sporting. O futebol mexicano é o quarto mais visto no mundo, tem futebolistas de muita qualidade e os adeptos têm uma enorme paixão», classifica.

Outros dos aspetos que estão a deixar Nuno Campos bem satisfeito é a «qualidade de vida» e a oferta cultural da Cidade do México, que fica a escassos 60 quilómetros de Toluca.

A CERTEZA DE VOLTAR A SER  TREINADOR PRINCIPAL

Após 14 épocas como adjunto de Paulo Fonseca, Nuno Campos, 49 anos, foi técnico principal no Tondela e Santa Clara e voltou a adjunto, com Renato Paiva. Mas está convencido de que vai voltar à condição de principal.  «Há uma coisa que tenho como certa, voltar a ser treinador principal, só não sei quando nem onde. Tenho recebido abordagens e até mais do que isso, mas estou muito feliz aqui no México. No entanto, o futuro é sempre uma incógnita», diz quem se sente bem com a liberdade de que é dada, agora,  por Renato Paiva. No Toluca sinto-me um treinador principal, tenho autonomia dentro da equipa técnica liderada pelo Renato Paiva, um pouco à semelhança do que sucedia com o Paulo Fonseca», relata.