Mourinho: «Se Portugal tivesse duas seleções, a segunda também seria candidata»
Jogadores portugueses a celebrarem o golo de Rúben Dias frente à Finlândia, em Alvalade (Imago)

Mourinho: «Se Portugal tivesse duas seleções, a segunda também seria candidata»

SELEÇÃO08.06.202417:37

Treinador português acredita que a seleção nacional tem tudo para conquistar novamente um Europeu

José Mourinho está presente no Estádio Nacional, no Jamor, para assistir ao segundo jogo de preparação para o Euro 2024 de Portugal frente à Croácia, mas desvalorizou a importância do resultado nesta partida.

«Eu acho que não é tão importante. São duas boas equipas, ambas com opções e com aspirações no Euro, acho que vão aproveitar este jogo para competir contra uma boa seleção. São uma boa equipa, que mantém sempre uma ideia de jogo, aquele núcleo da geração», disse, em entrevista rápida à RTP.

O português explica que o que interessa é o que acontece na fase final do torneio e não nos amigáveis e na fase qualificação, dando o exemplo dos ingleses: «Depende da maneira como o treinador olhar para o jogo, os objetivos que ele terá… a Inglaterra perdeu ontem com a Islândia em Wembley e o mundo não acabou. A hora da verdade é lá, não é uma qualificação fácil nem os jogos amigáveis, é quando a coisa começa a aquecer.»

O técnico acredita que a seleção das quinas é uma das favoritas para conquistar novamente um Europeu, ao lado de outros nomes: «A realidade é que há três ou quatro seleções que são as mais fortes: Portugal, Inglaterra, França e numa segunda linha Espanha, AlemanhaItália não acredito, porque não é uma geração muito talentosa. Não consigo encontrar talento suficiente para ganhar, ganharam o último, mas não acredita numa segunda vez.»

No entanto, apesar de considerar que os jogadores portugueses têm muita qualidade, Mourinho pede calma, porque pode acontecer de tudo numa competição destas: «Exigir é uma palavra complicada no futebol... exigir entrega, empatia, coragem, ambição, sim, sem dúvida, sim. Exigir ganhar… às vezes a fronteira entre ganhar e não ganhar é dura, podemos não conseguir por um desempate de grandes penalidades, às vezes a fronteira entre o sucesso e o não sucesso é muito curta. Lá está, eu sigo o treinador nacional e não falar em favoritismo, mas é uma seleção muito, muito forte. Acho que se Portugal tivesse duas seleções, a segunda seleção também seria candidata.»

Sobre Cristiano Ronaldo, o técnico não se quis intrometer nos planos de Roberto Martínez para o capitão da seleção portuguesa, mas acredita que ele será, novamente, um jogador muito importante nesta caminhada: «O treinador é que sabe, o treinador e o Cristiano, como é que se sente, quais são os seus objetivos, o treinador que modo é que o quer utilizar, se o quer utilizar como historicamente foi utilizado, que é jogar cada minuto cada jogo, se o quer proteger para alguns momentos chave. São eles que internamente devem e obviamente que vocês, comunicação social, e nós adeptos de fora, queremos saber tudo o que se passa lá dentro, mas há muita coisa que se passa lá dentro que deve ficar entre eles. Aqui o que nós queremos é no último dia festejar.»

«Tem um peso muito grande e os seus golo fará, não acredito que Portugal saia do Euro sem Ronaldo ter feito os seus golos, mas eu comentava com o presidente... aquilo que o dia de hoje me cria alguma emoção é o jogo ser aqui. E acho que os miúdos virem aqui com os pais, saberem o significado deste estádio, o significado deste estádio para Portugal, não para o futebol português, acho que foi uma opção ótima», finalizou, dando importância ao facto da seleção voltar a jogar no Jamor, dez anos depois da última vez, no empate a zero com a Grécia, de Fernando Santos.

Por fim, questionado sobre a presença de apenas um jogador do campeão nacional, o Gonçalo Inácio do Sporting, Mourinho comentou a situação: «Eu como treinador digo sempre que prefiro ter problemas a escolher, ter muita gente para escolher do que não ter e a escolha ser fácil. Depois a maneira como ele justifica, bem ou mal, de uma maneira que agrada ou não às pessoas, esse é outro assunto, ele podia até nem ter justificado. Justificou à sua maneira.»

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