PARTE 4 - Candidato a presidente da federação de natação nas eleições do próximo sábado depois de 12 anos como vice-presidente, Rui Bettencourt Sardinha, fala sobre o que gostaria de manter, renovar e não gostou de ver na candidatura adversária, mas também sobre o que falhou nos Jogos de Paris, a equipa técnica nacional, que pode ser o futuro desta e sobre o apoio a dar a Diogo Ribeiro e outros nadadores, assim como os CAR de Lisboa, Coimbra e Rio Maior.
— Gostaria de manter, não quer dizer que sejam todos, uma parte do grupo de natação pura que treina no CAR Jamor, como funcionado neste modelo?
— Não tenho a certeza que este seja o melhor modelo. Nós já criámos, há dois anos, o embrião dor CAR de Coimbra, numa parceria com a Universidade de Coimbra, o Politécnico de Coimbra, a Câmara e a Associação de Natação de Coimbra, de forma a darmos um sinal ao país, neste caso aos encarregados de educação, dos nadadores, dos nossos talentos, que é possível fazer o treinamento e estudar.
Desde há muitos anos que falo disto, é preciso precaver o futuro dos nadadores que fazem alto rendimento.
Esses passos foram dados, estão a evoluir, e penso que será dado um novo passo em Coimbra, de forma a que permita aos nadadores, quer olímpicos na natação pura ou na natação adaptada, possam ter um caminho de sucesso no alto rendimento e, de alguma forma, irem estudando, precavendo o futuro. Desde há muitos anos que falo disto, é preciso precaver o futuro dos nadadores que fazem alto rendimento.
PARTE 1 - Candidato a presidente da federação de natação nas eleições do próximo sábado depois de 12 anos como vice-presidente, Rui Bettencourt Sardinha, fala sobre o que gostaria de manter, renovar e não gostou de ver na candidatura adversária, mas também sobre o que falhou nos Jogos de Paris, a equipa técnica nacional, que pode ser o futuro desta e sobre o apoio a dar a Diogo Ribeiro e outros nadadores, assim como os CAR de Lisboa, Coimbra e Rio Maior.
Há várias formas, através de sensibilizarmos o Governo para haver saídas profissionais adaptadas às pessoas do alto rendimento, mas a sua formação é uma formação básica. Isto é um passo fundamental para dar um sinal aos pais que ali chegam com os miúdos aos 13/14 anos e quando o treino começa a apertar, a quantidade de horas necessárias, sintam que vale a pena investir porque a Federação Portuguesa da Natação tem uma saída e vai de encontro aos interesses do meu filho, que é fazer alto rendimento mas também precaver o seu futuro.
O CAR de Lisboa não vai fechar garantidamente. Temos que perceber é se há nadadores interessados para lá estar.
— E isso não é possível em Lisboa e no Porto?
— Em Lisboa há uma questão fundamental. O centro de treino é muito longe das faculdades. Coimbra tem o espaço e, por outro lado, a logística que nos poderá ser dada, que nos é oferecida pela câmara municipal e também já existe todo o trabalho feito com a reitoria, com alojamento, em que há um ganho de tempo nos espaços a percorrer.
O CAR de Lisboa não vai fechar garantidamente. Temos que perceber é se há nadadores interessados para lá estar, porque com um conjunto de treinadores de muito bom nível que temos em Lisboa, se calhar os próprios clubes dão resposta àquilo que são as necessidades.
PARTE 2 - Candidato a presidente da federação de natação nas eleições do próximo sábado depois de 12 anos como vice-presidente, Rui Bettencourt Sardinha, fala sobre o que gostaria de manter, renovar e não gostou de ver na candidatura adversária, mas também sobre o que falhou nos Jogos de Paris, a equipa técnica nacional, que pode ser o futuro desta e sobre o apoio a dar a Diogo Ribeiro e outros nadadores, assim como os CAR de Lisboa, Coimbra e Rio Maior.
— O CAR de Rio Maior foi, no começo da atual direção da FPN, há três mandados, uma grande aposta como viveiro de nadadores. Uma série deles saíram de lá e chegaram à Seleção. No entanto ele morreu um bocadinho. Gostaria de o reanimar?
— Sempre chamei ao CAR de Rio Maior o projeto à âncora da FPN e da natação portuguesa...
Acreditámos um bocado no projeto das Unidades de Apoio ao Alto Rendimento (UAAR), na relação entre os centros de alto rendimento e a escola. O que sinto hoje em dia é que as UAAR saíram um flop. Quando digo um flop, não quer dizer que não tenham razão de ser e se calhar em algumas escolas ou locais funcionem na perfeição.
— Mas nos últimos tempos a âncora perdeu um bocadinho o barco.
— Sim, não tenho dúvidas, por variadíssimos motivos que neste momento se calhar não consigo explicitá-los com total clareza, mas aquilo que foi feito e negociado com a entidade gestora de Rio Maior como sendo um projeto âncora. Gostávamos que os nossos melhores talentos jovens passassem por um processo semelhante àquilo que é o alto rendimento público.
E estando concentrados, sabendo que a escola nos podia ajudar nesse sentido e com um grupo de trabalho técnico de acordo com as necessidades para o desenvolvimento das capacidades nessas idades, dos 14 aos 17 anos, achámos que seria vantajoso para toda a gente passar por ali.
Acreditámos um bocado no projeto das Unidades de Apoio ao Alto Rendimento (UAAR), na relação entre os centros de alto rendimento e a escola. O que sinto hoje em dia é que as UAAR saíram um flop. Quando digo um flop, não quer dizer que não tenham razão de ser e se calhar em algumas escolas ou locais funcionem na perfeição. Agora, quando percebemos que a escola não tem capacidade de se adaptar às absolutas necessidades do treino de alto rendimento, naquelas idades, alguma coisa está mal.
PARTE 3 - Candidato a presidente da federação de natação nas eleições do próximo sábado depois de 12 anos como vice-presidente, Rui Bettencourt Sardinha, fala sobre o que gostaria de manter, renovar e não gostou de ver na candidatura adversária, mas também sobre o que falhou nos Jogos de Paris, a equipa técnica nacional, que pode ser o futuro desta e sobre o apoio a dar a Diogo Ribeiro e outros nadadores, assim como os CAR de Lisboa, Coimbra e Rio Maior.
Sei que seria conveniente ao Miguel Arrobas estar num palco, é um sítio onde gosta de estar, mas não vejo absoluta necessidade. Acho que a natação sabe aquilo que penso.
— O Miguel Arrobas mostrou disponibilidade em fazer um debate com transmissão online. Não esteve disposto a isso?
— Garantidamente não. Não sou uma pessoa que veja a discussão da natação no sentido dos grandes palcos e das grandes flores. Não sou uma pessoa de grandes flores. Sei que seria conveniente ao Miguel Arrobas estar num palco, é um sítio onde gosta de estar, mas não vejo absoluta necessidade. Acho que a natação sabe aquilo que penso. Trabalhei com as associações regionais, territoriais, e as pessoas conhecem-me. Estou na natação há muitos e muitos anos, portanto, não vejo o que é que possamos debater, principalmente porque não vi ideias novas por parte da equipa adversária. Vejo unicamente uma tentativa de politizar e partidarizar a corporação a Federação Portuguesa da Natação.
Posso dizer que me parece inconcebível que uma ministra que foi da Presidência, que sobrevoa todos os Ministérios, digamos assim, não sei o que é que ela terá adicionado ao desporto português com a sua ação. Também não vejo com bons olhos a tentativa de trazer pessoas que tiveram estas responsabilidades.
Sei que posso ser criticado por dizer isto, mas há uma tentativa de trazer nomes. Não sou uma pessoa de nomes, mas de garantir que as pessoas que vêm trabalhar comigo vão adicionar àquilo que é o pensamento estratégico para a natação.
— Porque pensa isso?
Aliás, posso dizer que me parece inconcebível que uma ministra que foi da Presidência, que sobrevoa todos os Ministérios, digamos assim, não sei o que é que ela terá adicionado ao desporto português com a sua ação. Também não vejo com bons olhos a tentativa de trazer pessoas que tiveram estas responsabilidades. O mesmo seria se o Primeiro-Ministro António Costa se fosse candidatar, por exemplo, à Ordem dos Advogados.
Não faria sentido, na minha opinião. A dr.ª Mariana Vieira da Silva [candidata a presidente da Mesa da Assembleia Geral da lista contrária] é uma pessoa completamente ministeriável e não percebo, eventualmente pode não acontecer, mas até pode acontecer haver eleições e o Partido Socialista ganhar. Por isso, não vejo como é que ela poderia continuar como presidente da Assembleia Geral e ministra de alguma coisa. E sabendo que é uma pessoa de muito valor. Reconheço à dr.ª Mariana Vieira da Silva todo o valor que tem, mas acho que não se devia meter na luta eleitoral de corporações.
PARTE 1 – Olímpico em Barcelona-1992, Miguel Arrobas diz que chegou o momento de ajudar a federação e mudar o paradigma das modalidades e avança candidatura para a presidência
PARTE 2 - Apesar de avançar com a candidatura a presidente da federação de natação, Miguel Arrobas quer continuar a nadar, nem que seja em provas de águas abertas à parte do calendário oficial. Revela alguns nomes para os órgãos sociais e os DTN para o polo-aquático e natação e que elogia do programa Portugal a Nadar , mas que este tem de ser reavaliado e pensado.
PARTE 3 - Miguel Arrobas, candidato à liderança da FPN, conta o que pensa sobre a possibilidade do duas vezes campeão do Mundo ir para um clube estrangeiro e deixar de se treinar em Portugal e sobre a continuidade ou não, caso seja eleito, de Alberto Silva, técnico que tem preparado Diogo Ribeiro para os resultados de excelência. Mas fala tanbém da preocupação em que os atletas não deixem precocemente a competição por causa da universidade ou deixem de estudar devido à natação.