PARTE 3 - Candidato a presidente da federação de natação nas eleições do próximo sábado depois de 12 anos como vice-presidente, Rui Bettencourt Sardinha, fala sobre o que gostaria de manter, renovar e não gostou de ver na candidatura adversária, mas também sobre o que falhou nos Jogos de Paris, a equipa técnica nacional, que pode ser o futuro desta e sobre o apoio a dar a Diogo Ribeiro e outros nadadores, assim como os CAR de Lisboa, Coimbra e Rio Maior.
— No último ciclo olímpico a federação fez uma grande aposta de uma equipa técnica de natação pura, liderada pelo Alberto Silva e com a qual renovou até dezembro para que não houvesse um vazio até às eleições pois vem aí o Mundial de piscina curta. Pretende manter essa equipa técnica?
— Essa equipa estará, garantidamente, até dezembro. Não há nenhuma decisão porque é preciso pensar muito bem aquilo que foi o contributo de uma equipa técnica estrangeira e da absoluta necessidade dela existir. Tenho grande confiança nos treinadores portugueses e, principalmente, naqueles que, neste momento, orientam os principais nadadores nacionais, assim como nas disciplinas de polo aquático e da natação artística.
Pretendo manter aquilo que tenho a certeza que garantirá o progresso da natação portuguesa. Não tenho nada contra nenhum dos treinadores que está a trabalhar com a federação. No entanto, é um assunto terei de debater com a minha Direção, perceber se há a absoluta necessidade de contarmos com treinadores estrangeiros.
É preciso pensar muito bem aquilo que foi o contributo de uma equipa técnica estrangeira e da absoluta necessidade dela existir. Tenho grande confiança nos treinadores portugueses e, principalmente, naqueles que, neste momento, orientam os principais nadadores nacionais,
Temos técnicos nos principais clubes, casos do Sporting, Benfica, FC Porto, Louzan ou Sp. Braga, que nos dão garantias se lhes forem dadas as mesmas condições que foram oferecidas à equipa técnica do Albertinho. Considero que assim temos portugueses com capacidade para fazer um trabalho de desenvolvimento do alto rendimento.
PARTE 1 - Candidato a presidente da federação de natação nas eleições do próximo sábado depois de 12 anos como vice-presidente, Rui Bettencourt Sardinha, fala sobre o que gostaria de manter, renovar e não gostou de ver na candidatura adversária, mas também sobre o que falhou nos Jogos de Paris, a equipa técnica nacional, que pode ser o futuro desta e sobre o apoio a dar a Diogo Ribeiro e outros nadadores, assim como os CAR de Lisboa, Coimbra e Rio Maior.
Estive em algumas negociações da vinda do Albertinho e havia um plano proposto pelo presidente FPN, responsável pela natação pura, que considero ter ficado aquém daquilo que foram as expectativas
— E considera que o Albertinho trouxe conhecimento e evolução à natação portuguesa?
— Hoje em dia a ciência está toda à luz de um clique na internet. É evidente que o Albertinho trazia a experiência de ser treinador com medalhas olímpicas. Essa foi a grande aposta, trazer alguém que nos garantia ter a experiência e cultura de ganhar, porque esta não é desenvolvida nem se adquire de um momento para o outro. Estive em algumas negociações da vinda do Albertinho e havia um plano proposto pelo presidente FPN, responsável pela natação pura, que considero ter ficado aquém daquilo que foram as expectativas, na medida em que precisávamos de mudar a mentalidade e a cultura do alto rendimento. E não sei se esse trabalho foi suficientemente desenvolvido.
— E os três anos desde que o Alberto Silva está em Portugal são suficientes para isso? Para mudar tanto?
Quer queiramos quer não, tivemos saídos do grupo do Albertinho dois nadadores nos Jogos Olímpicos e nenhum deles fez a melhor marca pessoal lá. Sendo que o grande objetivo do ciclo era que todos o fizessem.
— Eventualmente, três anos é muito tempo. Daquilo que me vai chegando aos ouvidos, embora seja uma pessoa que pense pela sua cabeça e vou filtrando o que me é contado, é que o Albertinho começou com 13 nadadores, e neste momento tem quatro ou cinco.
Compreendo que à medida que se ia afunilando a agenda para os Jogos, que as coisas fossem sendo dessa forma. Mas, quer queiramos quer não, tivemos saídos do grupo do Albertinho dois nadadores nos Jogos Olímpicos e nenhum deles fez a melhor marca pessoal lá. Sendo que o grande objetivo do ciclo era que todos o fizessem.
PARTE 2 - Candidato a presidente da federação de natação nas eleições do próximo sábado depois de 12 anos como vice-presidente, Rui Bettencourt Sardinha, fala sobre o que gostaria de manter, renovar e não gostou de ver na candidatura adversária, mas também sobre o que falhou nos Jogos de Paris, a equipa técnica nacional, que pode ser o futuro desta e sobre o apoio a dar a Diogo Ribeiro e outros nadadores, assim como os CAR de Lisboa, Coimbra e Rio Maior.
Isto não tem a ver com o Albertinho, as coisas também não aconteceram com os outros treinadores, mas como estávamos a falar do Albertinho... Neste momento, não digo nem que sim nem que não a nada, porque são decisões estratégicas muito importantes e de grande responsabilidade que se devem tomar. No seu devido tempo as coisas acontecer.
- Com as eleições marcadas para 16 de novembro, gostaria ter essa decisão tomada logo nas primeiras semanas de 2025?
- É um assunto que vai requerer algum debate. O primeiro ano do ciclo vai ser de grande reflexão e grandes decisões. Considero que a não decisão imediata de ter um grande responsável técnico - não quer dizer que não vá haver um responsável -, que vá dirigir todo o ciclo exija uma premência. Não gosto de tomar decisões em cima do joelho. Tenho que ter a certeza, ou pelo menos achar que a tenho, que a opção que for tomada é a melhor. Isso virá de conversas, reflexões, que sejam feitas quer dentro da direção, quer com todos os agentes.
Ao Diogo cabe decidir a sua vida futura. A federação, se for eleito presidente, estará disponível para ajudar naquilo que considera ser a melhor solução
— Tem receio que o Diogo Ribeiro tenha de ir nadar para o estrangeiro ou queira ir nadar para o estrangeiro?
— Não sei, nunca falei com o Diogo sobre isso. Ele tem o seu clube e ao Diogo cabe decidir a sua vida futura. A federação, se for eleito presidente, estará disponível para ajudar naquilo que considera ser a melhor solução para o Diogo. Se ele desejar essa ajuda, estaremos completamente disponíveis, mas temos que alinhar o pensamento e a ação de forma a que seja consensual entre o Diogo e a FPN.
E isto tanto para o Diogo como outros, eventualmente. Estamos disponíveis para ouvir todos os nadadores que, de alguma forma, tenham projetos individuais ou com os seus clubes, mas sempre de maneira forma equilibrada e muito ponderada. As coisas têm de ser, sempre, suficientemente pensadas.
PARTE 1 – Olímpico em Barcelona-1992, Miguel Arrobas diz que chegou o momento de ajudar a federação e mudar o paradigma das modalidades e avança candidatura para a presidência
PARTE 2 - Apesar de avançar com a candidatura a presidente da federação de natação, Miguel Arrobas quer continuar a nadar, nem que seja em provas de águas abertas à parte do calendário oficial. Revela alguns nomes para os órgãos sociais e os DTN para o polo-aquático e natação e que elogia do programa Portugal a Nadar , mas que este tem de ser reavaliado e pensado.
PARTE 3 - Miguel Arrobas, candidato à liderança da FPN, conta o que pensa sobre a possibilidade do duas vezes campeão do Mundo ir para um clube estrangeiro e deixar de se treinar em Portugal e sobre a continuidade ou não, caso seja eleito, de Alberto Silva, técnico que tem preparado Diogo Ribeiro para os resultados de excelência. Mas fala tanbém da preocupação em que os atletas não deixem precocemente a competição por causa da universidade ou deixem de estudar devido à natação.