Sabe quantos portugueses andam lá por fora? Uma dica: são mais de 400!

Ou mais exatamente 426, se juntarmos jogadores(as) e treinadores(as) a 'representar' Portugal no estrangeiro. Ruben Amorim foi o último a emigrar. Mercado feminino também a crescer: são já 20 as emigrantes do nosso futebol

Seja em que canto do Mundo for, encontramos sempre um português. E o futebol, nas últimas décadas, grande exportador de talento lusitano, não podia ser exceção. A BOLA fez-se à estrada (e ao mar e ao ar) e foi em busca daqueles que, lá por fora, vão sendo a nossa bandeira, representantes de um pequeno País à beira mar plantado e que, há séculos, se têm espalhado pelos cantos e recantos deste planeta. E aos quais o último a juntar-se foi Ruben Amorim, rumo ao Manchester United.

Ponto prévio: não havia sítio, registo ou plataforma onde, de uma penada, tivéssemos esta informação. Agora já há. Aqui, no seu site de A BOLA, ficará a saber quantos são os(as) futebolistas e os(as) treinadores(as) que nos representam no estrangeiro.

Sabe quantos são? Onde andam? Quais os campeonatos com mais representantes portugueses? Que clubes treinam? E que seleções? Estas e outras perguntas têm resposta no mapa e nos quadros que aqui apresentamos. E deixamos já uma dica: no total, são mais de 400.

E, no que respeita a jogadores(as), limitamos a pesquisa aos que atuam nas ligas principais de cada uma das nações do globo, com exceção para os Big 5 — Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França —, nos quais contabilizámos, também, os futebolistas das segundas ligas. Sendo que, quanto a treinadores, fomos um pouco mais longe e incluímos alguns adjuntos ou responsáveis por formação em emblemas ou seleções mais relevantes.

Porque, se formos esmiuçar terceiros, quartos e quintos escalões, da Alemanha a Singapura, passando pela Austrália e pelo Brasil, encontraríamos tranquilamente mais umas centenas de representantes da alma lusitana.

Rúben Dias e Bernardo Silva elevam alto o nome de Portugal com a camisola do City

Há, nestas contas, países que mais se têm destacado quanto ao número de jogadores portugueses. Desde logo Inglaterra: na Premier League estão 22, com realce para os contingentes lusos de Wolverhampton, onde moram seis, ou de Manchester City, Chelsea e Everton, cada um com 3. Seguem-se nesta contagem o Luxemburgo, muito por conta da grande comunidade portuguesa, e que tem 18 portugueses no campeonato; e três ligas principais com 17 cada uma — Turquia, Polónia e Chipre.

A lista é interminável: Roménia tem 13, França conta com 12 (quatro no PSG e três no Lille) e Espanha tem 10 futebolistas do nosso País na La Liga e mais oito na La Liga 2. Depois há mercados com comportamentos mais invulgares, caso, por exemplo, da Indonésia, onde podemos encontrar uma dezena de jogadores e dois treinadores no escalão principal.

Cristiano Ronaldo escancarou as portas da Arábia Saudita a dezenas de portugueses (X/@AlNassrFC)

Pegando aqui, nos treinadores, nada como viajar até à Arábia Saudita, onde a paixão pelo trabalho dos portugueses é evidente: Jorge Jesus, Vítor Pereira e Álvaro Pacheco na Liga de elite e mais sete no escalão logo abaixo. Dez, portanto, no total, a trabalhar no futebol que chamou Cristiano Ronaldo, João Cancelo, Danilo Pereira, Rúben Neves ou Otávio.

Paulinho, o conquistador do México (Foto Toluca/X)

Há ainda situações individuais, em que um único representante procura erguer a nossa bandeira mais alto nos cinco continentes: Roderick Miranda na Austrália, Josemar Agostinho no Cambodja, Ronaldo Tavares na Coreia do Sul, Pedro Ganchas na Dinamarca, Luís dos Santos na Eslováquia, Luís Machado em Hong Kong, Carlos Ferreira nas Ilhas Faroé, Nuno Reis na Índia, Ricardo Alves no Irão, Tiago Fernandes na Islândia, Gonçalo Paciência no Japão, Telmo Castanheira na Malásia, Tiago Lopes em Marrocos, Paulinho no México, Anilsio na Moldávia, Paulo Mendes no País de Gales e Pedro Sá na Tunísia.

Por fim, eis o futebol feminino a ganhar asas internacionalmente, quase 30 anos após o início da grande exportação do masculino.

Seguindo as pisadas de Carolina Mendes ou de Ana Borges, hoje são já 20 as profissionais a atuar no estrangeiro, destacando-se não só as seis da Liga espanhola, mas também os fenómenos de Turquia e Suíça, cada uma com quatro jogadoras lusas. Neste último país, uma novidade: após terminar a carreira de futebolista no Servette, a internacional Mónica Mendes é agora a primeira treinadora no estrangeiro, orientando escalões de formação femininos do Sion.

Contas feitas, são 426, divididos por 328 jogadores, 20 jogadoras, uma treinadora e 77 técnicos. A diáspora em todo o seu esplendor!

Amplie a imagem em baixo e veja os 428 representantes da nossa bandeira lá por fora: