O mais perto que estive de jogar um Europeu
Signal Iduna Park vai receber o Portugal-Turquia amanhã

SEM MUROS O mais perto que estive de jogar um Europeu

OPINIÃO21.06.202411:30

Quem já não sonhou em entrar num relvado numa das competições mais importantes do planeta como um Campeonato da Europa? Como a 'perseguição' a um voluntário da UEFA quase concretizou um sonho de todo um aspirante a jogador profissional

MARIENFELD - Quem já não sonhou em entrar num relvado numa das competições mais importantes do planeta como um Campeonato da Europa? De sentir aquele nervoso miudinho e de escolher a melhor expressão para as imagens da TV ainda no túnel segundos antes de ouvir um hino do seu país? Tudo isso faz parte de um imaginário de um aspirante a profissional de futebol. Grande parte procura esse momento toda uma vida, muito poucos chegam lá perto.

Pois bem, sem nunca ter dado um pontapé, já poderei dizer que estive perto de pisar um relvado em pleno Europeu, em dia de jogo, minutos antes dos craques entrarem no relvado. Tudo por perseguir alguém para fugir de uma tempestade, no Turquia- Geórgia em Dortmund, no mítico Signal Iduna Park, a rebentar pelas costuras. Enquanto andava meio perdido em busca da porta de entrada para os media, eis que, sem aviso prévio, caiu sobre mim uma carga de água como há muito não sentia. Para me proteger encontrei por ali, perdida, uma capa impermeável verde usada pelos voluntários da UEFA. O meu companheiro de viagem, Breno Barison, ficou pelo caminho. E corri em busca de um abrigo e de uma porta para, enfim, entrar no estádio. Até que embati contra um ‘verdadeiro’ voluntário da UEFA e no meio da confusão e de centenas de pessoas a fazer o mesmo que eu só tive tempo de lhe gritar: «Media, media, where is the entrance?».

Respondeu algo em alemão e acenou energicamente para o seguir. Corri atrás dele como se não houvesse amanhã. Segui todos os seus passos, desviei-me de pessoas como se de um jogo de computador se tratasse, sem olhar para cima. Passei portões, seguranças, jornalistas, subi escadas, não via nada à frente. Só parei quando estava debaixo de teto. E com o som dos adeptos mais forte que nunca. Depressa constatei que não estaria no lugar certo e ao olhar para a credencial desse voluntário (bem diferente da minha) confirmei que tinha feito asneira pois tinha entrado num espaço de… acesso ao relvado. Mas mesmo ali em frente, a escassos metros, ainda deu para apreciar e sentir (o mais perto possível…) do que é jogar um Europeu…