SEM MUROS Portugal conquistado por um café
Arrisco-me a dizer: a qualidade e preocupação da viagem de um qualquer português não depende de um voo em classe executiva, as condições do comboio ou hotel, nem se estamos a caminho de um destino paradisíaco. Tudo depende de um bom café...
Arrisco-me a dizer: tenho quase a certeza de que a qualidade (e também preocupação…) da viagem de um qualquer português espalhado pelo mundo não depende de um voo em classe executiva, condições do avião, comboio ou hotel, nem sequer se nos preparamos para rumar a um destino paradisíaco. Tudo depende do… café.
O famoso café que bebemos em Portugal e que só fora de portas se designa como ‘expresso’. Não pode ser um café qualquer. Tem de ter o tamanho ideal, aquela espuma por cima, chávena fria ou escaldada, curto ou longo, pingado ou sem princípio, enfim, tudo e mais alguma coisa. No estrangeiro, porém, esquecemos estes rituais e basta pedir um ‘expresso’. E em Marienfeld já todos parecem saber disto mesmo.
No hotel onde nos encontramos instalados é mesmo palavra chave para conquistar toda a equipa de reportagem de A BOLA. A cada canto, altura do dia, pessoa com quem nos cruzamos, todas as nossas palavras, sejam elas um apenas «bom dia», «boa tarde», «olá», «tudo bem», ou perguntar pela casa de banho (seja em português, inglês ou alemão por norma traduzido pelo google), a resposta é sempre a mesma e é expressa de uma forma muito peculiar e estridente por todos os alemães: «Um expresso?».
Parece que Marienfeld estava bem preparado para receber (e conquistar…) o povo português. E para se ter uma ideia da ‘simpatia’ enquanto estou a escrever já me foram oferecidos mais dois…