Rui Borges: «Ganhámos o jogo com todo o mérito»
Treinador dos conquistadores ficou satisfeito com mais um triunfo e, especialmente, por não ter sofrido golos; técnico deixou elogios à sua equipa e aos jogadores que entraram de início, em detrimento dos habituais titulares
Rui Borges considerou que o triunfo do Vitória de Guimarães, por 2-0, frente ao Zurique, foi justo e que a sua equipa podia ter evitado entrar em tantos duelos físicos com os suíços, pois isso era o que o adversário pretendia. O treinador ainda salientou a mudança ocorrida de uma parte para a outra e a forma como os jogadores que rodar com os habituais titulares responderam. O técnico já só pensa no Estoril e não pretende criar expetativas demasiados altos para os adeptos, pois entende bem como o futebol funciona.
Análise ao jogo, com uma primeira parte partida mais intensa, mas pensa que teve um jogo tranquilo?
- Um pouco à imagem do jogo de Zurique, uma primeira parte intensa, competitiva, uma equipa que procurou o confronto homem a homem de forma muito intensa. Ainda não estamos no nível físico que desejávamos. Algo precipitados nas tomadas de decisão. Eles procuraram os duelos, pois são fortes nisso. Pedi à equipa para se manter coesa e equilibrada, fazendo com que eles não entrassem na eliminatória. Na segunda parte corrigimos alguns posicionamentos e podíamos ter corrido menos, pois houve momentos em que se correu demasiado. Manu e Nuno Santos melhoraram muito no posicionamento. Na primeira parte andamos em muitas transições, com as perdas de bola. Depois melhoramos e também defrontamos uma boa equipa. Ganhamos o jogo com todo o mérito.
Como olha para esta fase inicial da temporada?
- Tenho visto bem, pois não sofremos golos. A equipa está a evoluir bem, os jogadores estão a acreditar no processo. Os jogos aumentam a crença e as vitórias também. Temos de estar coesos e competitivos, sendo que assim vamos ser uma grande equipa. Pela história e honra deste clube, pelos seus adeptos que hoje, mais uma vez, foram fantásticos. Vamos precisar deles, principalmente, naqueles jogos em que não fiquemos por cima. Lanço o apelo para virem no domingo, frente ao Estoril e na quarta-feira. Sem euforia, vamos traçando objetivos e vão sendo alcançados. Sabemos que mais tarde, as coisas podem não correr bem e temos de agradecer o esforço dos jogadores e que mantenham sempre a mesma atitude.
Uma mão cheia de triunfos. Vai colocar água na fervura? E onde pode chegar este Vitória?
- Não olho para isso, muito honestamente. Apenas chegar ao próximo jogo que é o próximo desafio. Chegamos ao playoff, mas se não chegarmos à fase regular, ninguém se vai lembrar das cinco vitórias. Os adeptos já são apaixonados e com os triunfos ainda mais, mas é necessário ser equilibrado e o próximo jogo é que importa. Não penso a longo prazo, penso a curto, porque isto no futebol muda muita coisa de um dia para o outro. Estamos bem, a ganhar, sem sofrer e vamos buscando sempre esses objetivos. As outras equipas vão olhar para nós e vão dificultar-nos a vida e por isso temos de nos motivar no treino.
Já tem alguma ideia sobre o próximo adversário, o Zrinjski da Bósnia?
- Não vi e não gosto que me falem. A nossa estrutura já terá informações, mas não gosto de saber. Agora, já só penso em ganhar ao Estoril, tenho tempo de observar o adversário da Liga Conferência. Estoril vai ser um jogo difícil e também temos de ver os nossos níveis físicos. Felicitar os que entraram de início, como o Manu e o Nuno Santos. Também o regresso do João Saraiva Mendes e salientar a atitude, depois do calvário que passou, do Telmo Arcanjo.