Rui Borges: «Ganhamos 3-0 por mérito dos jogadores»
Treinador dos conquistadores voltou a deixar elogios aos seus jogadores, mas desvalorizou o início de temporada 100 por cento vitorioso; pediu cautelas para a segunda mão, apesar do bom jogo feito em casa
Rui Borges, treinador do Vitória de Guimarães, referiu que os seus jogadores entenderam na perfeição o que lhes foi pedido para este encontro com o Zrinjski Mostar, da Bósnia, na primeira mão do play off de acesso à fase regular da Liga Conferência. Também deixou elogios para os adeptos, mesmo que tenha desvalorizado o facto de ter somado o sétimo triunfo consecutivo e, novamente, sem sofrer golos.
A equipa foi mais eficaz na segunda parte, sendo que esteve sempre por cima da partida. A equipa correspondeu ao que tinha pedido?
- Não deixou de ser um jogo difícil. Na primeira parte fomos os donos do jogo, pegamos na bola, com o adversário a perder tempo, o que não é muito normal. Fizemos tudo aquilo que identificamos como ponto menos forte do adversário. Faltou finalizar melhor, ao intervalo transmitimos isso, para não perdermos o equilíbrio. Os dois golos seguidos foram importantes. Dominamos totalmente, ali apenas entre os 70 e 80 é que deixamos que eles fizessem algumas transições. Nas bolas paradas estivemos competentes, perante uma equipa forte nesses momentos. Também os nossos adeptos foram importantes, especialmente, após o primeiro golo que nos incentivou a ir à procura de mais. O terceiro golo ainda bem para o João Saraiva Mendes que merece. Só posso estar feliz, perante aquilo que fizeram.
Mudou cinco peças, em relação ao último jogo, mas acha que vai ser difícil manter o ritmo?
- Eles falam por mim, tenho dito isso e eles têm correspondido ao que tenho referido. Fomos competitivos, muito fortes na reação à perda da bola. Quem entra está ligado, quem sai do banco acrescenta. Alberto entrou muito bem e o Miguel Maga também saiu do banco para fazer um bom jogo. Acreditam e mostram lá dentro que estão bem. É seguir, nem sempre as coisas vão correr bem, mas estamos preparados para tudo.
Rotatividade de jogadores deveu-se mais à gestão física ou ao plano estratégico?
- Vamos sentindo aquilo que os jogadores nos facultam ao longo da semana. Colocamos jogadores frescos, como o Nuno Santos e o Nélson Oliveira, para sermos mais pressionantes. O Nuno Santos tem mais rasgo e por isso também foi mais na vertente estratégica. Uma primeira parte, principalmente, pelo laterais, na qual devíamos ter sido mais agressivos na procura da profundidade e também o Nélson Oliveira e o Nuno Santos perceberem quem tinha de cair na linha ou não. A posse da bola foi do início ao fim, um jogo muito inteligente da nossa parte. Ganhamos 3-0 por mérito dos jogadores. Percebem porque jogam de início e também quando ficam de fora. Miguel Maga fez 20 minutos muito bons.
Kaio César saiu lesionado. É algo grave?
- Estava desconfortável, talvez cansaço acumulado, é normal. Nada de grave, esperamos. O Nuno Santos também saiu porque levou uma pancada. Bruno Gaspar também ficou de fora, porque levou uma pancada no último jogo e achamos por bem que não fosse utilizado.
Treinador adversário referiu que o terceiro golo penalizou a sua equipa, mas que mantém a esperança para a 2.ª mão. Como vai encarar esse jogo?
- Cuidados máximos, respeitar o adversário. Fizemos três golos e eles também podem fazer. Vão tentar ser mais agressivos, em sua casa, com um ambiente mais hostil a puxar pela sua equipa. Jogo aéreo e muita bola parada, vamos dar uma boa resposta, não tenho dúvidas disso.
Sete jogos, sete vitórias e sem sofrer golos. Como se sente com este ambiente a galvanizar-se?
- Fico feliz por ver os adeptos ligados com a equipa. Não me canso de dizer. São fantásticos, muita gente no estádio, também é sinal que estão a gostar do que está a ser feito. Os resultados levam a isso, mas também as exibições, com a entrega e a disponibilidade, pois os nossos adeptos são assim, com muita alma. Isso são pequenos objetivos que são consequência do trabalho, dos resultados e das exibições. Só temos de pensar no jogo e em ganhar. Temos de focar-nos no que conseguimos controlar e o resto é consequência. Que se perceba que quando as coisas correrem menos bem, os jogadores são os mesmos e que vão ter, com certeza, a mesma atitude. Os nossos adeptos são muito importantes, como em Arouca que encheram uma bancada.