Sporting-Nacional, 2-0 Os destaques do Sporting: Desta vez foi Trincão a subir ao altar dos santos

NACIONAL26.01.202500:06

Gyokeres mostrou-se condicionado e foi o esquerdino a escancarar as portas da vitória leonina com um golo sublime; Hjulmand foi um polvo a meio-campo; João Simões em momento para mais tarde recordar

O melhor em campo: Trincão (7)

O Sporting tem um santo padroeiro de nome Viktor Gyokeres, mas com o sueco limitado, foi o talentoso esquerdino a subir ao altar, com um golo sublime, em mais um momento fantástico dum pé esquerdo encantado. Jogou, desta vez, descaído para a direita do meio-campo e tentou muitas incursões para o meio, sendo numa delas que marcou o golo, à beirinha do intervalo dum jogo que estava muito amarrado para os verde e brancos. Saiu com as bancadas de Alvalade a fazerem-lhe a devida vénia, rendidas a um talento incomum mas que nem sempre aparece. Está concretizada a redenção do penálti falhado na final da Taça da Liga, frente ao Benfica, da qual saiu em lágrimas e que o levou a pedir desculpa aos adeptos leoninos. Estará, por esta altura, já perdoado

5 Rui Silva — Primeira parte absolutamente tranquila na estreia em Alvalade, uma vez que o Nacional não enquadrou um remate neste período. O cenário não mudou até ao final da partida, pelo que é sempre complicado avaliar quem teve muito pouco trabalho, à semelhança do que tinha acontecido diante do Rio Ave. Limitou-se a segurar bolas fáceis. No entanto, ainda sentiu um calafrio (85’), num remate de Daniel Penha.

5 Fresneda — O espanhol esteve na mesma bitola do encontro com o RB Leipzig na Uefa Champions League, ou seja, pouco esclarecido. No ataque não acertou um cruzamento e ainda surgiu em boa posição para remate (63’) mas atirou à figura de Lucas França. Salva-se com positiva porque na principal tarefa de um defesa não comprometeu.

6 Diomande — O costa-marfinense assumiu-se como o patrão da defesa, não permitindo quaisquer veleidades aos atacantes contrários, quer usando a enorme compleição física ou fazendo-se valer do sentido posicional. Tentou muitos passes verticais para queimar linhas mas, nesse aspeto, terá de melhorar para atingir outros patamares.

6 Gonçalo Inácio — A defender não comprometeu e fez uso do portfólio de passes longos bem medidos, algo que o diferencia nesta equipa agora liderada por Rui Borges.

6 Maxi Araújo — Finalmente, a lateral  esquerdo numa defesa convencional a quatro terá encontrado o espaço de afirmação que lhe estava a faltar.

7 Hjulmand — Um polvo a meio-campo, com um raio de ação alargado e muito bem em termos defensivos, travando quase todas as investidas do Nacional. O capitão foi voz de comando e não acusou o desgaste de tantos jogos consecutivos a perfazer 90 minutos. Quando melhorar no passe longo será um caso seríssimo a  nível internacional.

6 Morita — Muito bem a ocupar todos os espaços do terreno e em deambulações do meio para a esquerda a alargar as vistas à sua equipa. Rui Borges considera-o de uma inteligência extrema e o japonês faz por prová-lo em campo. Saiu queixoso e os alarmes voltam a soar em Alvalade pelo nipónico.

5 Quenda — Esteve muito em jogo, carregando a equipa para a frente pela banda esquerda, mas na hora da definição não tomou as melhores decisões, ora falhando no cruzamento ou embrulhando-se desnecessariamente com a bola. Numa equipa com algum défice de criatividade, notou-se o desacerto do prodígio.

6 Daniel Bragança — Conheceu uma nova posição, ficando no apoio mais direto ao avançado Gyokeres. Não esteve muito exuberante no ataque, mas raramente falhou um passe, como é seu timbre. Na pressão à primeira linha de construção do Nacional mostrou-se à altura, correndo muito e saindo muito desgastado, tendo em conta que vem de lesão e ainda não tem o ritmo competitivo desejável.

5 Gyokeres — Foi chamado à titularidade quando tinha sido anunciado que a sua condição física tinha de ser gerida e pareceu claramente condicionado, desperdiçando uma oportunidade (45+3) que o melhor Gyokeres não falharia. Trabalhou como é norma mas não teve o fulgor de (imensos) outros jogos de leão ao peito. Ainda assim, participou no golo de Trincão com a assistência e demonstrou capacidade de resistência sempre louvável.

6 Geny CatamoEntrou muito ligado ao jogo e ainda teve tempo para assistir para o segundo golo.

5 Debast — Controlou a meio-campo.

6 João Simões Ainda com idade de júnior, 18 anos, o menino resolveu o jogo com o primeiro golo pela equipa principal, com um remate muito bem colocado, emocionando-se com o momento. Ele que até tinha rendido o autor do primeiro golo, Francisco Trincão. Um momento para ficar cravado na memória e mais tarde recordar…

Matheus Reis — Sem tempo para se mostrar.

Harder — Dois ou três sprints.