ESPANHA-ITÁLIA, 1-0 Os destaques de Espanha e Itália: Donnarumma evitou o desastre inventado por Willliams e Yamal
Espantosa exibição do guarda-redes italiano, que só não parou o autogolo de Calafiori. As setas nos flancos espanhol e a firmeza do resto da equipa
Espanha
É um regalo vê-los disparar pelos flancos. Depois parar, rodopiar, voltar a disparar, os defesas a pouco poderem fazer, os companheiros à espera do que vem a seguir. Nico Williams e Lamine Yamal fazem bem ao futebol e fizeram, sobretudo o primeiro, um bem desmesurado à exibição espanhola. Escudados na firmeza dos centrocampistas Rodri e Fabián Ruiz e nas movimentações do vagabundo Pedri, os dois meninos e Morata estraçalharam a defesa italiana. Meio pontinho de supremacia para Williams, que assistiu para o autogolo de Calafiori e atirou excelente remate à barra. Nas laterais defensivas, Carvajal e Cucurella personificaram a segurança (ainda que frente a ameaça de pouca monta), assim como os centrais Le Normand e Laporte. Unai Simón jogou, mas só a ficha oficial da UEFA o confirma. Destaque para a entrada de Pérez, que no período de compensação quase marcou em dois lances consecutivos.
O melhor em campo: Donnarumma (Itália)
A UEFA teve, certamente, as mesmas dúvidas que nós e acabou por optar por Lamine Yamal para melhor em campo. Mas nem sempre o melhor tem de estar do lado vencedor. Donnarumma fez a primeira defesa aos dois minutos e as duas últimas aos 90+1 e aos 90+2. Ainda subiu para um canto no último lance do jogo, mas isso já seria poesia (e injustiça) a mais.
Itália
Pesadelo em Gelsenkirchen, recordarão todos os defesas italianos quando um dia falarem aos netos sobre o Campeonato da Europa 2024. Di Lorenzo e Dimarco levam os maiores motivos de insónia e a possibilidade de recorrências de maus sonhos, após terem tido pela frente as duas setas espanholas, respetivamente Williams e Yamal. Mas a vida não correu melhor aos centrais Bastoni e Calafiori, sobretudo a este, que acabou por ficar ligado ao resultado com o autogolo. Donnarumma à parte, é preciso recorrer às substituições de Spaletti para encontrar motivos de destaque entre os jogadores italianos. Cristante, por exemplo, construiu aos 66 minutos o único (!) esboço de oportunidade de golo. Cambiaso, Retegui e Zaccagni tentaram dar ares de suas graças, mas a história do jogo estava escrita nos cadernos da justiça. Chiesa, Scamacca e todo o restante meio-campo italiano esperam novas oportunidades.