ESPANHA-ITÁLIA, 1-0 Autogolo em vez da merecida goleada (crónica)
Exibição espanhola a roçar a perfeição, exceto nesse 'detalhe' da concretização. Mas há um culpado: Donnarumma. Que jogaço!
A Espanha venceu a Itália por 1-0, com um autogolo de Calafiori, mas passou ao lado daquela que poderia ter sido a segunda goleada histórica sobre o atual campeão da Europa, depois dos 4-0 da final de 2012. O domínio espanhol durou do primeiro ao último minuto e dois elementos evitaram o desastre italiano: alguns falhanços mas, sobretudo, a grande exibição de Donnarumma na baliza azzurra.
A vitória garantia a qualquer uma das equipas o primeiro lugar do grupo B, mas só a Espanha pareceu ter-se dado conta disso. Ou, então, a Itália sabia-se desde logo inferior e foi esconder-se no habitual jogo transalpino do gato e do rato. Quase conseguia, mas desta vez, além da subjugação, ainda leva para casa a ironia de um autogolo. Acontece.
A assertividade do meio-campo espanhol, com Rodri a segurar as pontas da liberdade de Pedri e Ruiz, foi o conforto de que precisavam os dois génios que moram nas alas. Yamal e Nico Williams (sobretudo este) inventaram futebol durante quase todo o jogo (acabaram ambos por sair, esgotados) e Morata foi sempre um porto seguro para tabelas, combinações e perfurações de uma defesa italiana que esteve bem longe da eficácia dos velhos tempos do catenaccio, à exceção do guarda-redes.
Vitória justíssima e... uma equipa jovem a deixar crescer água na boca.