«Lamine Yamal foi tocado pela varinha de Deus»

Luis de la Fuente, selecionador de Espanha, elogia jovem talento do Barcelona, deixa mensagem a Iniesta e admite que Carvajal e Rodri são «insubstituíveis»

Luis de la Fuente, selecionador de Espanha, confessa que 2024 está a ser um ano «inesquecível», depois da conquista do Europeu na Alemanha. O técnico da la roja deixou enormes elogios a Lamine Yamal.

De la Fuente, selecionador de Espanha, e Lamine Yamal (IMAGO)

«De facto, foi um ano inesquecível. Vivemos grandes emoções, grandes conquistas desportivas. Mas, sobretudo, estou feliz por desfrutar de um trabalho que me dá satisfação e ver as pessoas felizes e a formarem uma verdadeira equipa. Não sei se é o melhor ou o pior, creio que cada etapa tem os seus momentos, mas sim, estou a viver um momento de grande felicidade. Conquista do Euro foi um êxito histórico, mas fico mais com a maneira como conseguimos, dando uma sensação de família. Os jogadores estão convencidos de que este é o caminho que temos de seguir para continuar a ter sucesso», explicou, em entrevista ao Mundo Deportivo, não poupando nos elogios ao jovem talento Lamine Yamal.

«Há que valorizar o trabalho da Federação e agradecer a atitude e o comportamento do Lamine e da família por aceitar jogador connosco. Isso é maravilhoso. Tem 17 anos, está na fase da formação. Terá momentos que serão difíceis e onde será questionado. Será aí que terá de ser apoiado. Para isso terá de estar bem acompanhado. E não apenas a nível familiar e de assessoria, também no clube. Quando se vê que tem aquele toque, eu digo que ele foi tocado pela varinha de Deus, que é diferente. São jogadores que com 17 anos não têm nada a ver com um rapaz da sua idade. Estão muito mais maduros. Que não cometa o erro de querer andar mais rápido do que o necessário, pois isso pode atrapalhar», referiu, deixando de seguida uma mensagem a Iniesta, que pendurou as chuteiras.

«Acho que o legado que deixou é absolutamente impressionante, excecional. Não apenas nas conquistas desportivas, mas na forma como as alcançou. É essa linha que estamos a destacar agora, dando o exemplo de trabalho, sacrifício, união... Gostei muito dessa expressão de ver as pessoas felizes. Era isso que procurávamos no dia em que iniciamos esta jornada. Essa identificação das pessoas, recuperar aquele espírito de 2010. E em parte foi recuperado», afirmou.

Luis de la Fuente assumiu que Carvajal e Rodri, que se lesionaram gravemente e vão estar de fora dos relvados nos próximos meses, são «insubstituíveis».

«Felizmente, temos a sorte de estar no futebol espanhol, com jogadores excecionais. Também sempre disse que temos o melhor médio do mundo, o Rodri, mas também temos o segundo melhor, que é o Zubimendi. Da mesma forma que o Carvajal estava no melhor momento da carreira, a ser o melhor lateral do mundo, mas temos outros jogadores, que não é que venham a estar à sua altura, nem têm de preocupar-se com isso, mas vão poder demonstrar que são muito bons. O Rodri não seria o que é se não estivesse na sombra de Busquets, que era o melhor do mundo», apontou.