26 maio 2024, 21:41
A análise de Duarte Gomes à arbitragem da final
Final com demasiados lances difíceis
Túneis de honra das duas equipas coroam um dia de festa como a final da Taça deve ter
Convenhamos que os dias anteriores já tinham trazido sinais de uma estranha atmosfera positiva em torno da final da Taça de Portugal.
O «rebentar com eles» de Frederico Varandas acabou por ser entendido como o que foi — conversa normal de dentro de casa que nunca devia ter saído para o exterior — e os treinadores souberam ser bem dispostos, falando de umas cervejinhas de comemoração, mesmo sabendo-se da importância transcendental do jogo para cada um deles (e respetivas equipas), por razões diversas.
Os 120 minutos do Jamor até tiveram uma expulsão precoce que pode ter ajudado a decidir o destino da Taça, mas ninguém de bom senso poderá apontar à excelente arbitragem de Fábio Veríssimo qualquer influência nefasta sobre o resultado final.
26 maio 2024, 21:41
Final com demasiados lances difíceis
Os jogadores atuaram no limite da agressividade, como se lhes pede, mas com lealdade. Não se viram picardias desnecessárias nem birras extemporâneas para lá das reclamações e protestos normais para quem está debaixo de enorme pressão a decidir um título.
A expulsão de Sérgio Conceição terá sido o sinal menos da tarde, mas ele próprio admite que vai pagando, com juros, alguns excessos que já cometeu no banco.
Entre o público, a exceção ao bom andamento do dia foram escaramuças entre adeptos do FC Porto, ainda a ressacar de umas eleições históricas que marcam uma nova era na vida do clube. Nada de muito grave, porém.
No que respeita a esta sucessão, tudo aparentemente exemplar: os dois presidentes portistas na tribuna, alegria partilhada após a conquista da Taça de Portugal.
O mais bonito e relevante, porém, foram os túneis de honra feitos por uma equipa à outra no momento da cerimónia de entrega das medalhas e do troféu. A Federação Portuguesa de Futebol há muitos anos que promove estes atos nas suas finais. Nuns anos é possível, noutros não. Ainda bem que neste, ainda por cima com dois arquirrivais em cena, foi possível. Exemplos destes ajudam a purificar o ar do nosso futebol.