FC Porto-Sporting, 2-1 (ap) Destaques do Sporting: Gonçalo Inácio de corpo e alma até à traição de Diogo Pinto
Defesa-central foi sempre um garante de segurança a defender e de atrevimento nas bolas paradas; St. Juste, Geny Catamo e jovem guarda-redes pecaram em lances capitais; Gyokeres foi um lutador solitário na frente de ataque dos leões
A figura do Sporting -- Gonçalo Inácio (6)
Sempre bem posicionado no terreno, procurou tapar os caminhos da baliza de Diogo Pinto aos avançados do FC Porto. Se esteve coeso defensivamente, sobressaiu sobretudo nas bolas paradas ofensivas, criando muito perigo para Diogo Costa. Ainda antes do intervalo, teve o ensejo de marcar o segundo golo do Sporting, mas a bola foi travada pelo guarda-redes dos azuis e brancos. Logo após o interregno, o internacional português voltou a criar imenso pânico na área portista e o 1-2 esteve mesmo iminente. Teve uma atuação bastante consistente, algo que não aconteceu com parte dos seus companheiros na maioria do tempo regulamentar e no prolongamento.
DIOGO PINTO (4) — Entrou algo inseguro na partida, no lance em que Evanilson apareceu isolado, mas conseguiu fazer a mancha e salvar o primeiro golo. Depois, ganhou confiança e fez três defesas de grande nível, adiando ao máximo o golo dos dragões. Mas ficou ligado ao lance que decide o encontro, ao atropelar Evanilson, originando o penálti que resulta no segundo golo do FC Porto.
ST. JUSTE (4) — Depois de ter aberto o ativo no Jamor, o defesa travou à margem das leis Galeno, quando o avançado do FC Porto seguia isolado para a baliza de Diogo Pinto. Deixou a equipa reduzida a 10 elementos e obrigada a um enorme esforço. Esse lance penaliza-o claramente na nota.
COATES (6) — O capitão do Sporting teve sempre debaixo de olho Evanilson e as suas movimentações. Por uma vez subiu à área contrária e criou algum frisson num livre, primeiro, e depois na sequência de um canto.
GENY CATAMO (4) — Teve um lance perigoso logo no início da partida, deixando a defesa portista em alvoroço. Mas borrou a pintura ao fazer uma autêntica assistência para o primeiro golo dos dragões, um lance que teve interferência no desfecho da partida e que mexeu com o fator psicológico do moçambicano. A verdade é que acabou por ser substituído na segunda parte.
HJULMAND (5) — Sempre abnegado, o dinamarquês teve uma missão de grande exigência a partir do momento em que St. Juste acabou expulso. Ficou bastante nervoso e perdeu algum discernimento nas suas ações, protestado em demasia, ao invés de se concentrar somente nas ações que devia ter feito nas quatro linhas.
MORITA (5) — Foi sacrificado por Rúben Amorim a partir do momento em que o Sporting ficou apenas com dez elementos em campo. O japonês estava a cumprir a sua missão, de estancar uma primeira linha de construção do FC Porto, através dos seus médios Alan Varela e sobretudo Nico González.
NUNO SANTOS (6) — Finalmente aposta titular num dos jogos com os grandes, o esquerdino foi sempre importante quando o Sporting conseguiu investir o seu jogo pelo lado esquerdo, com cruzamentos perigosos para a área do FC Porto. Teve sempre compromissos defensivo e acabou o jogo bastante fatigado, sofrendo imenso nos instantes finais no banco de suplentes.
TRINCÃO (4) — Passou praticamente ao lado da final da Taça de Portugal. O talentoso extremo sportinguista esteve bastante aquém das expectativas, sempre desarmado com imensa facilidade por parte dos opositores diretos.
GYOKERES (5) — Era a grande ameaça para a defesa do FC_Porto, mas foi quase sempre manietado por Zé Pedro, o substituto natural do lesionado Pepe. O goleador sueco esforçou-se bastante, numa luta desigual, pois ficou na maioria dos lances sem o apoio dos alas da equipa.
PEDRO GONÇALVES (6) — Começou por criar sérios problemas a João Mário, ao ponto de sacar um amarelo ao lateral do FC Porto. Sempre perigoso na marcação das bolas paradas e com grande compromisso defensivo em várias ocasiões.
EDUARDO QUARESMA (6) — Entrou bem na partida, com muita vivacidade e ajudou a dar uma maior coesão defensiva quando o FC Porto se acercou da baliza de Diogo Pinto. Trouxe segurança ao último reduto do Sporting.
DANIEL BRAGANÇA (5) — A sua missão em primeiro lugar foi ajudar a fechar o lado direito da defesa, onde Galeno e Wendell apareceram com muita frequência e perigo. Depois subiu no terreno para pautar o jogo do Sporting e marcar sempre as bolas paradas com perigo.
DIOMANDE (5) — O gigante leonino foi aposta de Rúben_Amorim para tentar travar a dupla Evanilson-Taremi e cumpriu a missão que lhe foi confiada.
ESGAIO (4) — Sentiu grandes dificuldades para travar a irreverência de Francisco Conceição, que ganhou quase sempre os duelos ao experiente defesa leonino.
KOINDREDI — Entrada sem qualquer efeito prático no meio-campo do Sporting.
PAULINHO (--) — Abriu a frente de ataque ao lado de Gyokeres, mas sem nunca criar qualquer perigo.