Vilaça e o susto após a prova: «Dei mais do que tinha e precisei de ajuda»
Vasco Vilaça, exausto, após a conclusão da prova de tritalo, nos Jogos Olímpicos Paris 2024 (JOSÉ SENA GOULÃO/Lusa)

Vilaça e o susto após a prova: «Dei mais do que tinha e precisei de ajuda»

JOGOS OLÍMPICOS31.07.202413:45

Triatleta português conseguiu o quinto lugar no triatlo, mas precisou de receber assistência médica após a prova

PARIS – 32 graus e mais de 60 por cento de humidade.

Está impossível para estar, parado, ao sol, na capital francesa.

E repetimos: parado.

Ora, Vasco Vilaça acabara de nadar 1,5km, pedalar 40 e correr 10. Em menos de 1h40! Sob as condições que nos são difíceis de suportar sem nos mexermos.

E nos quilómetros finais, ainda encontrou forças para sprintar em busca do bronze que escapou por 13 segundos. Chegado à meta, o triatleta de 24 anos caiu, abraçou Ricardo Batista que chegou logo a seguir a ele e depois desapareceu.

A explicação causou alguma preocupação: Vasco Vilaça sentira-se mal e foi direto ao centro médico para receber assistência, razão pela qual demorou cerca de uma hora a surgir na zona mista, já totalmente recomposto.

«Acreditei até ao último momento, mas não me estava a sentir a 100 por cento nos últimos cinco quilómetros. Dei tudo para tentar chegar aos dois franceses que estavam a lutar pelo terceiro lugar e para o fazer tive de dar mais do que aquilo que tinha», contextualizou.

A razão da demora foi, então, o facto de o esforço despendido ter feiro a temperatura corporal do atleta disparar.

«Cheguei à meta completamente exausto e a temperatura do corpo, por causa do calor que está, tinha subido até aos 40 graus. E quando assim é, o corpo não consegue fazer descer a temperatura, por isso precisei de alguma ajuda médica para recuperar. Felizmente sou saudável e uma coisa dessas resolve-se em meia-hora», desvalorizou, sorridente.