O Carrasco de Vítor Pereira que foi abandonado pelo pai português

Reportagem A BOLA, em Riade O Carrasco de Vítor Pereira que foi abandonado pelo pai português

INTERNACIONAL20:00

A BOLA foi até Riade, a convite da Liga saudita, conhecer melhor a realidade de um país cada vez mais falado no futebol. No AL Shabab, de Vítor Pereira, há uma estrela belga, que tem pai português, com ligações a Elvas e a Campo Maior

Yannick Ferreira Carrasco é figura de cartaz do Al Shabab de Vítor Pereira. O avançado, que é internacional pela Bélgica, é filho de mãe espanhola e pai português. O apelido Ferreira tem origem na zona de Elvas. A BOLA e o Maisfutebol são os dois órgãos de comunicação social portugueses que se encontram em Riade a convite da Liga Saudita, para conhecer a realidade de um futebol cada vez mais mediático e quisemos conhecer melhor que significado tem Portugal para Yannick Carrasco.

 

«Portugal faz parte da minha história. Acho que todo mundo sabe que o meu pai me abandonou quando eu era jovem. Ele era português e então uma parte do meu sangue é português», respondeu, garantindo que já não sofre com esta marca de vida: «Não, Portugal não é sofrimento para mim. O segundo marido da minha mãe também foi português, e tenho dois irmãos, uma irmã e um irmão, que têm pai português. Eu ia de férias com ele para Portugal, então eu tenho boas lembranças, e passei bons momentos lá também. Ele era de Elvas e o meu pai de Campo Maior.»

«A equipa tem melhorado com Vítor Pereira»

Depois de 7 épocas no Atlético de Madrid, em dois momentos diferentes, Carrasco transferiu-se para o Al Shabab na época passada, durante a qual começou a trabalhar com Vítor Pereira. O avançado belga elogia o trabalho do treinador português: «Estou muito feliz por ter chegado ao clube, porque temos tido momentos difíceis e desde que chegou aqui criou uma estabilidade, uma ideia de jogo que temos atualmente, e a equipa tem sempre melhorado com ele, dia após dia.»

A influência de Carrasco na equipa é notória e o avançado garante sentir-se satisfeito neste desafio na Arábia Saudita. «A motivação é a mesma, só que são outras ideias. Eu amo o futebol, gosto de jogar, sou competitivo, e é em qualquer equipa do mundo que eu jogue vai ser assim. Também foi assim quando joguei na China. Quero sempre ajudar dentro e fora de campo com o meu talento. É um desafio muito bonito», disse o avançado que na época passada marcou 11 golos com a camisola do AL Shabab na liga saudita e fez oito assistências.

Esta época Yannick [como lhe chama Vítor Pereira] marcou o primeiro golo do Al Shabab na primeira vitória no campeonato, por 1-0. «O que me move no futebol? Bem, tudo, na verdade. O futebol é a minha vida, além da minha família, mas tenho a sorte de poder fazer o que amo. O meu sonho era ser futebolista, e estou muito feliz porque há muitos anos que posso fazer este trabalho. Espero fazê-lo muitos anos mais», sustentou. Este sábado o AL Shabab recebe o Al Taawon na terceira jornada do campeonato saudita.