Rio Ave-Estoril: Terminar com a seca de golos num campo (quase) inquebrável
Capitão foi um esteio no eixo da retaguarda e, na reta final, impediu de forma milagrosa o golo da vitória do Estoril. (Foto: Rio Ave)

ANTEVISÃO Rio Ave-Estoril: Terminar com a seca de golos num campo (quase) inquebrável

Estorilistas querem conquistar a segunda vitória consecutiva, mas sabem que têm pela frente equipa que não perde em Vila do Conde há 10 meses

É já este sábado, pelas 15h30, que Rio Ave e Estoril têm encontro marcado, no Estádio do Arcos, em jogo a contar para a 6.ª jornada da Liga.

Embora seja ainda cedo para tirar possíveis conclusões do que será a prestação dos dois conjuntos em 2024/2025, a verdade é que o arranque dos vilacondense e dos estorilistas mostra-se aquém do desejado pelos adeptos, podendo este duelo -analisando pelo copo meio cheio – vir a ser um grande espetáculo do futebol, dada a urgência partilhada em somar os três pontos.

O encontro deste sábado é o 45.º entre Rio Ave e Estoril e, para aqueles que gostam de se agarrar à estatística, note-se que existe um claro favoritismo para os da casa, uma vez que saíram vitoriosos por 23 ocasiões, enquanto os canarinhos só triunfaram por 11 vezes.

Nos Arcos… a história repete-se, com a turma vilacondense a ganhar 14 das 24 partidas realizadas. No entanto, é importante enfatizar que, em 2020/21, o Estoril foi feliz em Vila do Conde, eliminando os da casa (1-2) em jogo a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal.

Já para a Liga, os últimos dois encontros entre o Rio Ave e Estoril terminaram com um empate (1-1, em 2023/2024) e uma vitória dos visitados (2-0, em 2022/2023).

Rio Ave

São tempos de reconstrução para os lados de Vila do Conde. Após um mercado agitado- foram contratados 21 jogadores! -, Luís Freire ainda está a consolidar um onze base e uma ideia de jogo junto do plantel, sendo algo expectável a intermitência dos resultados, tendo, até ao momento, duas vitórias e três derrotas.

Contudo, existe um dado que pode dar algum conforto ao conjunto da casa: este Rio Ave está há 10 meses e 25 dias sem perder em Vila do Conde. É necessário recuar ao passado dia 29 de outubro para ver uma outra equipa-neste caso o Farense (4-3) - a conhecer o sabor da vitória na fortaleza vilacondense.

Com mais um ponto que o Estoril e só com vitórias no próprio reduto, a equipa do Rio Ave espera, e desespera, por manter a tendência.

Destaque: Omar Richards

Existe muitos negócios exóticos no futebol português, mas não é todos os dias que um jogador com 17 jogos pelo Bayern chega para reforçar a defesa do Rio Ave. Este é o caso de Omar Richards. O britânico, de 26 anos, é mais uma das muitas caras novas ligadas ao novo acionista maioritário, Evagelos Mariakis, dono do Nothingham Forest e Olympiakos, porém, a passagem pelos clubes mencionados faz com que não passe despercebido e acredito, quando estiver mais ligado às ideias de Luís Freire, que será uma peça central do Rio Ave para o que resta da temporada.

Omar Richards reforçou o Rio Ave esta temporada. Foto: @omar.richards

Equipa provável (3x4x3):

Jhonatan; Pantalon, Aderllan Santos e Jonathan Panzo; Marious Vrousai, Amine Oudrhiri, João Novais e Omar Richards; Tiago Morais, Clayton e Ole Pohlmann

Lesionados: -

Suspensos: -

Antevisão de Luís Freire (treinador do Rio Ave):

Estoril

Ian Cathro chegou, viu e… ainda não convenceu.

O jovem técnico escocês de 38 anos, teve a tarefa difícil de fazer esquecer Vasco Seabra-técnico que na época passada levou o Estoril à final da Taça da Liga-, contudo os desaires nas duas primeiras jornadas (1-4 com o Santa Clara e 0-1 com o Vitória de Guimarães) e os empates que se seguiram (0-0 com Gil Vicente e Boavista) geram desconfiança entre os adeptos sobre a capacidade do timoneiro em colocar a equipa a praticar um melhor futebol, que permita subir na tabela classificativa.

É verdade que o triunfo (1-0) na jornada passada com o Nacional pode ser sinónimo de virar de página, porém existe dois fatores que acrescem à preocupação que paira em torno da equipa da linha: a seca de golos e a indisciplina.

A par do Farense e Arouca, o Estoril é o pior ataque da competição com apenas dois golos e, sabendo da necessidade de vencer perante uma equipa que se aproxima para um ano sem perder em casa, em nada ajuda o facto de ser a única que ainda não fez gosto ao pé fora de portas.

Por fim, Cathro tem de passar ao plantel a urgência de serem mais disciplinados dentro do terreno de jogo, já que o Estoril é, não só pelo equipamento, a equipa mais amarelada da prova com 18 amarelos em apenas 5 jornadas.

Destaque: João Carvalho

Um bom filho à casa torna e o médio português fez por merecer a nova oportunidade dada pelo Estoril marcando um golaço de meio-campo frente ao Nacional. Chega do Olympiacos com a bagagem cheia pela conquista da UEFA Conference League na época transata, e será, seguramente, um acrescento de qualidade quer no miolo ou pelo corredor, como aconteceu no jogo passado.
Refém de golos e de pontos, muito do que será o futebol deste Estoril de Cathro irá passa por o, outrora prodigioso, médio luso, de 27 anos de idade.

João Carvalho é um opção de luxo para o meio-campo do Estoril. Foto: Maciej Rogowski/Imago

Equipa provável (4x3x3):

Joel Robles, Pedro Carvalho, Pedro Álvaro, Boma e Pedro Amaral; Xeka, Michel Costa e Vinicius Zanocelo; Alejandro Marqués, Begraoui e João Carvalho

Lesionados: Jordan Holsgrove e Hélder Costa

Suspensos:-