Sporting: Mateus Fernandes assume que foi difícil quando foi emprestado

Diogo Travassos e Mateus Fernandes, ambos de 20 anos, mereceram a confiança de Rúben Amorim para integrarem estágio de pré-época e destacam que sabem que têm de trabalhar (muito)

Numa entrevista coletiva à televisão do clube, o lateral Diogo Travassos e o médio Mateus Fernandes falaram dos respetivos percursos até chegarem à pré-temporada do Sporting.

Mateus Fernandes, que na época passada esteve cedido ao Estoril, não escondeu que foi difícil ter deixado o Sporting: «Foi complicado sair de um clube que me viu crescer e fez crescer, foram muitos anos na Academia e as primeiras semanas em que ia do Montijo para o Estoril foram complicadas, apanhava-os na ponte a irem para a Academia. Mas depois habituei-me, o Estoril recebeu-me muito bem, a questão do Estoril ser em Lisboa também me facilitou. As rotinas não mudaram muito», realçou.

«Ainda sou jovem, tenho muito a aprender, mais vale estar numa equipa com menos dimensão do que o Sporting mas ter mais minutos para poder evoluir e tirar os receios que tinha. Ter também a noção de jogar na Liga mais frequentemente só me amadureceu mais. Trincão, Morita e o Dani [Daniel Bragança] ajudam-me, tal como o treinador. Vir para academia e estar lá um ano é muito bom. Cheguei com 12 colegas e, neste momento, na equipa A estou só eu e o Travassos. Os que saem também dizem com muito orgulho que estiveram no Sporting», acrescentou.

Sobre a amizade com Diogo Travassos, realça que é bonita: «Temos um percurso que nunca foi fácil. Foi um período mais difícil do que esperava [duas lesões], ganhou outras ferramentas a nível mental e ele sabe disso. Espero que tenha confiança nele porque ele tem muita qualidade.»

Diogo Travassos, que sofreu duas lesões graves que o levaram à sala de operações, o que, consequentemente, atrasou a sua afirmação, mostrou-se confiante no futuro.

«Nenhum jogador gosta de estar parado, ainda mais pelo tempo que foi. Andei sempre numa roda gigante de emoções mas acho que me trouxe muitas coisas boas. Só me deu mais força para trabalhar mais e estar preparado. Hoje já não sinto tanta dificuldade em acompanhar a parte física. Felizmente acabei a época com um jogo muito bom por mim. Estou preparado a cem por cento para lutar pelo meu lugar. Todos os jogadores que estão cá há mais tempo mas quem está na nossa posição ajuda muito. O Nuno Santos tem-me ajudado muito. Olho para a estreia pela equipa principal como um objetivo, mas estou mais concentrado no que posso fazer nos treinos», confessou.

Quanto à sua inclusão no estágio no Algarve mostrou-se agradecido: «É sempre um privilégio trabalhar com a equipa A, ser treinado pelo treinador Rúben Amorim, todos sabem que o Sporting é um clube que tem uma exigência muito alta e tentámos sempre responder a essa exigência. Para mim, sendo um jogador da formação, ainda é mais importante porque já estou no Sporting há mais de dez anos. Acho que isto só da mais motivação para os jovens que estão na academia, ver que é uma realidade para eles mas que se conquista com muito trabalho e resiliência. Dá motivação saber que estamos num clube que aposta na formação e que tem muita história para trás. Tenho muitos jogadores com quem me dava nos sub-15 e ver o que eles estão a fazer agora… O Inácio esteve a jogar na Seleção A, é um orgulho para o Sporting e para nós também.»