SC Braga: Ricardo Horta é o 'joker' para sistema arsenalista
Capitão bracarense está preparado para continuar a liderar a equipa na senda dos êxitos. (Foto: SC Braga)

SC Braga: Ricardo Horta é o 'joker' para sistema arsenalista

NACIONAL17.07.202400:30

Qualidades do capitão, que tanto joga nas costas do ponta de lança como ao lado da referência ofensiva, potenciam ainda mais a ideia de jogo de Daniel Sousa

O SC Braga está bem e recomenda-se e volta a contar com um elemento diferenciador que pode potenciar a equipa para patamares de excelência: Ricardo Horta.

Não sendo propriamente uma novidade que o internacional português é um jogador muito acima da média, também não é menos verdade que a elevada competência técnica que tem, aliada à maturidade tática de que também é possuidor, dão ao camisola 21 o estatuto de autêntico joker para Daniel Sousa.

Tal como acontecia quando estava ao serviço do Arouca, o agora técnico dos bracarenses tem privilegiado um sistema com forte vocação ofensiva, onde além da vincada marca goleadora do ponta de lança – que pode ser Simon Banza, El Ouazzani ou Roberto Fernández – fica também patente a tremenda influência advinda do jogo exterior, posição com bastantes soluções: Bruma, Roger Fernandes, Gabri Martínez, João Marques e até o próprio… Ricardo Horta.

Mas sobre Ricardo Horta há a tal versatilidade que lhe confere um estatuto que no futebol é muitas vezes designado de vagabundo. Um elemento que joga solto, pelo corredor central, ora funcionando como elo de ligação entre o meio-campo e o ataque, ora aparecendo quase lado a lado com a referência ofensiva. E essa vertente híbrida da maior referência dos guerreiros do Minho nos últimos anos encaixa que nem uma luva no sistema que Daniel Sousa está a fortalecer no conjunto arsenalista.

Técnico dos minhotos prepara a equipa para as competições oficiais. (Foto: SC Braga)

À frente do quarteto defensivo, têm surgido dois elementos lado a lado, quase como se de um duplo-pivô se tratasse – João Moutinho e Rodrigo Zalazar parecem levar vantagem, mas ainda há Vítor Carvalho, André Horta, Thiago Helguera e Gorby -, sendo que esse trabalho de recuperação e distribuição de bola é depois assente no início do processo ofensivo, com os tais extremos sempre à espera de uma solicitação para os desequilíbrios individuais. E Ricardo Horta, lá está, como que na sombra dos adversários para receber e potenciar ainda mais os lances de ataque com as suas habituais pinceladas de classe.