Os destaques de Portugal: perigo croata deu à Costa
Guarda-redes português evitou resultado mais pesado no penúltimo ensaio para o Euro 2024
O melhor em campo: Diogo Costa (8)
Sofreu um golo de penálti a frio, mas depressa aqueceu as mãos, afastando bola disparada por Majer. Perto do intervalo impediu o 0-2, detendo finalização de Kramaric, e ainda adiou por instantes o 1-2, desviando para a trave bola disparada com violência por Pasalic, mas já não chegou a tempo de ir à recarga de Budimir. Com o pé direito impediu mais um golo croata, neutralizando tentativa de Sucic, isolado, e também foi visto a voar junto à linha de baliza para evitar nova cabeçada de sucesso croata. Com o jogo a acabar, ainda tirou o prazer a Vlasic, que disparava para o 3-1.
Dalot (5) — Demorou a aquecer e sentiu dificuldades para secar o perigo croata no seu flanco e para levar o perigo à área do adversário, cruzando duas vezes sem sucesso, uma delas para fora. Foi subindo de nível com o avançar dos minutos e elevou o moral com passe de 50 metros para João Félix, que estava solto no lado esquerdo. E também serviu bola boa a Gonçalo Ramos ao minuto 26. As preocupações defensivas, todavia, não desapareceram até sair, ao intervalo, para dar tempo de jogo a Nélson Semedo, também convocado para representar Portugal no Euro 2024.
Rúben Dias (5) — Jogo duro, adversários perigosos, rápidos e inteligentes, que não davam descanso até mesmo na saída de bola de Portugal. O central português manteve-se concentrado, mas também perdeu os seus duelos. Perto do final ainda tentou o 2-2, mas não evitou o guarda-redes.
Gonçalo Inácio (5) — As mesmas experiências de Rúben Dias. Adversários a aparecer de todo o lado, pressão constante junto à área portuguesa, dificuldades para fazer chegar a bola em segurança aos homens da frente. Assistiu de perto a uma perdida incrível de Budimir em cima da baliza portuguesa e do apito para o intervalo.
Nuno Mendes (5) — Uma boa recuperação no meio-campo ofensivo ao minuto 17’, que originou ataque perigoso de Portugal, foi ponto alto numa partida em que teve de preocupar-se seriamente em defender.
Vitinha (5) — Foi lento a executar em plena área de Portugal e quando se apercebeu do perigo já Kovacic tinha adivinhado o lance, chegando primeiro à bola e aproveitando o contacto. Penálti. Melhor, muito melhor, a segunda parte do português, que esteve perto do golo ao minuto 68, disparo forte de fora da área, defesa muito boa de Livakovic.
Palhinha (5) — É o médio físico da equipa, que usa o corpo e ocupa todos os espaços, que cola aos centrais quando é preciso, quase possibilitando uma linha defensiva de três. Foi, por vezes, pouco para tanto meio-campo croata, mas também ajudou a resolver muitos problemas junto à área portuguesa.
Bruno Fernandes (5) — Passe a isolar Bernardo Silva ao minuto 17 e disparo forte, com perigo, ao minuto 65 foram pontos altos ofensivos de alguém a quem nem sempre as coisas saíram bem — desperdiçou, com remate torto, melhor ocasião de Portugal na primeira parte –, mas que procurou compensar com participação defensiva. Aos 37', impediu disparo de Kramaric que poderia fazer estragos.
Bernardo Silva (5) — Primeira parte difícil. Ao minuto 17, solto da área, permitiu o desarme do companheiro de equipa do Manchester City, Gvardiol. Está no início da jogada do golo de Portugal, melhor participação num jogo em que raramente as coisas lhe saíram como desejava.
Gonçalo Ramos (4) — Batalhou, ao seu estilo, no meio-campo croata, mas perdeu mais do que ganhou e não teve sucesso no lance em que poderia ter feito a diferença: ao minuto 26 recebeu no coração da área croata, com espaço, mas fez subir a bola na receção e depois, de primeira e à meia volta, atirou mal.
João Félix (4) — Um primeiro lance mal decidido, remate contra o corpo de um adversário, e dificuldades permanentes para receber com espaço e trabalhar a bola na relva. A única ocasião para marcar foi, aliás, de cabeça. Bola por cima da trave, mas nem era uma boa ocasião.
Rafael Leão (6) — Saltou do banco ao intervalo e logo justificou. Que arrancada ao minuto 51! Fugiu em velocidade, sentou um adversário e cruzou, mas Bernardo Silva desaproveitou. Nem tudo foi consequente no futebol de Leão, mas mexeu com o jogo e fez passe de categoria a isolar João Cancelo aos 64'.
Nélson Semedo (6) — Bela assistência para Diogo Jota fazer o golo de Portugal, rompendo pela área e entregando na perfeição. Esteve quase a fazer o seu golo ao minuto 69, mas a bola não evitou a muralha croata.
Diogo Jota (6) — Foi só encostar, mas encontrou o espaço para fazer o 1-1. Fez-se notar na área croata e serviu com propósito Pedro Neto aos 74’.
João Cancelo (4) — No lance do 1-2 pertence-lhe a responsabilidade da recarga de Budimir. Colocou o croata em jogo. Poderia ter compensado quando surgiu isolado aos 64', mas faltou-lhe a mudança de velocidade e também foi castigado por toque imperfeito na bola.
Pedro Neto (5) — Entrou aos 70', cheio de vontade de fazer qualquer coisa, tentou a sorte aos 74’, bola à figura.
Matheus Nunes (5) — Entrou aos 85’, ainda a tempo de fazer um bom corte defensivo e um cruzamento perigoso.