Portugal-Croácia, 1-2 A análise de Duarte Gomes à arbitragem: penálti mal marcado para os croatas

Um erro a comprometer todo o trabalho

Harm Osmers viajou até Lisboa para dirigir o Portugal-Croácia, que se jogou no Jamor. A liderar a equipa de vídeo arbitragem esteve Soren Storks. Ricardo Baixinho foi o quarto árbitro.

Osmers, de 39 anos, teve abordagem diferente da que protagonizou Christian-Petri Ciochirca no Portugal-Finlândia da passada terça-feira. O germânico foi disciplinarmente rigoroso, ao contrário do colega austríaco, muito mais condescendente a esse nível. Essa diferença na forma de arbitrar só prova que esta função depende (também) da personalidade de quem a exerce.

Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:

7' Osmers foi ludibriado pela veterania e experiência de Kovacic. O avançado croata arrastou a ponta da bota direita no relvado (cerca de um metro), fazendo-a depois bater na esquerda. Nesse processo promoveu contacto com o joelho de Vitinha, que tentou sem sucesso o desarme. O médio português não cometeu infração na sua área. Foi o adversário quem a conquistou de forma antidesportiva. É importante sublinhar que o Comité de Arbitragem da UEFA não quer intervenção do VAR neste tipo de lances, por serem subjetivos. Erro relevante a abrir o jogo.

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17' Fora de jogo mal assinalado a Gonçalo Ramos, em lance inconsequente.

22' Pontapé de canto mal assinalado para a Croácia: Gvardiol rematou para fora, sem que a bola desviasse no corpo/cabeça de Rúben Dias. O efeito atípico que aquela levou terá ludibriado o árbitro assistente.

39' Ante Budimir fez mira à bola, mas no momento em que colocou força para a pontapear à baliza de Diogo Costa, foi desarmado por corte oportuno de Gonçalo Inácio. O impacto foi forte (e feio), mas a verdade é que não houve qualquer malícia ou intenção do croata em lesionar ou sequer atingir o adversário. Pela consequência, aceita-se a leitura de que terá havido alguma negligência. 

42' Excelente oportunidade de golo da seleção croata, com Budimir a cabecear ao lado do poste esquerdo da baliza portuguesa. O avançado da Croácia partiu de posição legal. Esteve bem o árbitro assistente.

48' Golo de Portugal: quando Bernardo Silva serviu Nélson Semedo à direita, o lateral estava atrás da cortina defensiva adversária (logo em posição regular). A sua assistência também encontrou Diogo Jota em condições de finalizar de forma legal. Lance bem analisado pelo árbitro assistente.

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56' Golo da Croácia, sem fora de jogo do seu autor (Budimir), que no momento do remate anterior à barra da baliza de Diogo Costa viu João Cancelo legitimar a sua posição. Nova decisão correta da equipa de arbitragem.

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58' Cartão amarelo exibido a Brozovic após agarrar Vitinha, de forma interpretada pelo árbitro como antidesportiva. No contexto a análise pareceu rigorosa.

64' João Cancelo, isolado, permitiu a interseção in extremis de Brozovic, com a bola a ressaltar em último lugar no pé do jogador português. O jogo devia ter recomeçado com pontapé de baliza para a Croácia e não com pontapé de canto para Portugal, como erradamente aconteceu.

66' Apesar de as imagens não serem as ideais, Stanisic não parece ter carregado de forma ilegal Diogo Jota. O contacto existiu quando ambos tentaram disputar bola aérea na área da seleção visitante. Terá sido acertada a decisão da equipa de arbitragem.

76' João Cancelo foi bem advertido após derrubar Vlasic quando este conduzia saída em prometedora da equipa croata. Aqui sim, ação disciplinar inatacável.

82' Sucic apareceu isolado na cara do guarda-redes português (defendeu com o pé direito), estando em jogo após triangulação com Petkovic. Lance legal, bem analisado pelo árbitro assistente

90+1' Gvardiol foi advertido pelo árbitro germânico após tocar a bola com a mão numa jogada que não configurava situação prometedora. Nova leitura excessiva do árbitro alemão.

NOTA: 4