Itália Juventus sabe se fica sem pontos ou não (e quantos) no dia 22

A justiça desportiva italiana vai reexaminar no próximo dia 22 a penalização de 15 pontos à Juventus devido a alegada fraude contabilística, sanção aplicada em janeiro e suspensa a 20 de abril, o que recoloca de novo em equação toda a luta pelas competições europeias 2023/24 na Serie A (campeonato italiano).

Após ter aplicado à ‘velha senhora’ a subtração de 15 pontos na presente época, por alegada maquilhagem contabilística no valor declarado de algumas transferências de jogadores – investigação denominada em Itália como ‘Operação Prisma’ – o Colégio de Garantia do Comité Olímpico de Itália (CONI) suspendeu a pena, em abril, para melhor reavaliação, o que, transmitiu neste dia, terá lugar no dia 22 do corrente mês, pondo fim a um ‘suspense’ e expetativa que mexe com muitos outros clubes.

A justificar a decisão, o Colégio de Garantia insiste na «alteração voluntária e repetida das verbas declaradas nas contas» das operações efetuadas pela Juventus e seus dirigentes… mas abre a porta ao que se perspetiva agora como o desfecho mais previsível: a redução da pena, não de 15 pontos de castigo, mas de bem menos. Resta saber quantos.

O busílis da questão é que no dia 22 estarão por jogar apenas duas das 38 jornadas da Serie A: qualquer que seja a decisão, com consequências para outros clubes na tabela classificativa, só serão conhecidas após o jogo dos comandados de Massimiliano Allegri com o Empoli (36.ª jornada). Mas nos dois jogos por disputar há lugar ainda a um escaldante confronto com o campeão italiano de 2021/22, o AC Milan ‘de’ Rafael Leão, na 37.ª e penúltima jornada, a 28 do corrente mês.

Depois de lhe serem restituídos os 15 pontos subtraídos em janeiro (a Juventus caiu, então, para sétima da tabela), com a decisão de 20 de abril a Juve está agora no segundo lugar da classificação, com mais cinco pontos do que o AC Milan, numa Serie A na qual, recorde-se, só o ‘top 4’ disputará a Champions em 2023/24… embora a ‘velha senhora’ possa lá chegar também se vencer a Liga Europa, onde vai jogar as meias-finais diante do Sevilha.

Os advogados da Juventus pediram, entretanto, uma relocalização do processo penal para outro tribunal, depois da audiência ordinária ocorrida neste dia em Turim, que versou mais sobre os castigos também aplicados aos antigos e ex-dirigentes do clube por alegada comparticipação no esquema, incluindo o ex-presidente, Andrea Agnelli, por fraude financeira.

Os representantes da Juve querem, agora, que o futuro processo penal seja deslocalizado de Turim para Milão ou Roma, e formalizaram-no ao tribunal esta quinta-feira, conta o L’Équipe.

Uma mudança de local que poderá fazer arrastar o processo por meses e/ou até anos… mas que o tribunal de Turim declinou, fixando audiência para 26 de outubro do corrente ano.