Expulsão de Pellegrini trai brilhantismo de Dimarco e Itália permite empate da Bélgica
Lateral do Inter esteve nos dois golos com grandes passes, mas, com menos um, a 'squadra azzurra' não aguentou a liderança frente aos belgas
Aquilo que poda ser um jogo para lembrar de Dimarco acabou por tornar-se numa luta pela sobrevivência da Itália que, com menos um desde os 40 minutos de jogo, empatou a duas bolas com a Bélgica.
Foi de forma fulgurante que a Itália começou a partida, sem dar hipótese à Bélgica de sequer assentar terreno no Olímpico de Roma. Debast, central do Sporting, jogou a lateral-direito, saiu na pressão e ficou algum espaço para Dimarco na esquerda. O lateral do Inter cruzou rasteiro, Cambiaso não conseguiu à primeira mas, na recarga, não perdoou. Um minuto volvido, um golo marcado.
O jogo seguia, com esta vantagem no marcador, para um pouco do que se tornou até ao minuto 40. A Itália, mais pressionante e dominadora, controlava o jogo no meio-campo adversário. Jérémy Doku foi dos mais inconformados deste período mas, a jogar do lado direito, foi muitas vezes anulado por Dimarco e Tonali ou Calafiori. Uma marcação dupla bem preparada, que anulou o mais irrequieto dos belgas, que poucas vezes conseguiram procurar Charles De Ketelaere, o criativo de serviço na ausência de Kevin De Bruyne.
Só faltava mais um golo para que esta superioridade se materializasse e, novamente de gesto brilhante de Dimarco, ele surgiu: o jogador do Inter isolou Cambiaso com um passe extraordinário de ala a ala. O lateral não conseguiu bisar, mas, na recarga, Retegui fez o segundo da squadra azzurra.
Tudo corria bem aos italianos, que venciam e conseguiam gerir o resultado, sem necessidade de acelerar particularmente nem de correr riscos. Só que Pellegrini... deitou tudo a perder. O jogador da Roma perseguiu Theate, travou-o em falta e viu amarelo, só que o VAR mandou o juiz Espen Eskas rever e este considerou que a entrada, com a sola e por trás, era digna de vermelho direto. Pior que ficar com menos um foi, contudo, o facto de este gesto ter sido em vão: na sequência da falta, o livre resultou em jogada estudada que De Cuyper tratou de transformar em golo, com um belo remate de fora de área.
Chegado o segundo tempo, a Itália até teve, nos pés de Frattesi, a hipótese de marcar, mas a pressão belga revelou-se demasiado grande para que os 10 homens italianos em campo conseguissem fazer estragos à baliza de Casteels. À hora de jogo, e com toda a lógica face ao que sucedia em campo, Wout Faes amorteceu de cabeça e Trossard, na cara de Donnarumma, empatou.
Ambos os conjuntos ainda pediram penálti por mão na área, mas o árbitro da partida não cedeu a nenhuma reclamação. Um ponto para cada lado, com a expulsão a servir de eixo para o que podia ter sido uma partida tranquila para a Itália e o que acabou por ser uma oportunidade para Bélgica, inferior de igual para igual, levar um ponto de Roma.