Daniel Sousa: «A obrigatoriedade de ganhar está sempre presente»

Dois empates consecutivos, frente ao Rio Ave (1-1) e ao Gil Vicente (2-2), atrasaram ligeiramente o Arouca na luta pelo 6º lugar da Liga, que está novamente na posse do Moreirense, que saiu ontem vitorioso (1-0) perante o Vizela. Um atraso (à condição) de quatro pontos para os cónegos, que Daniel Sousa quer voltar a ver reduzidos na receção deste domingo (18 horas) ao Estrela da Amadora.

O Arouca está no ataque ao sexto lugar, o Estrela luta pela permanência. Que dificuldades espera no jogo?

«A obrigatoriedade de ganhar está sempre presente e nós queremos muito os três pontos. Todos os jogos são importantes para os amealhar para conseguirmos o nosso objetivo, mas está a ser mais difícil porque o Moreirense está a ter bons resultados. A dificuldade deste jogo prende-se também com o momento do Estrela, que está numa situação em que precisa urgentemente de pontos. Por isso, antevejo um jogo de dificuldade acrescida. O Estrela é uma equipa muito intensa, com umas dinâmicas de jogo que fazem com que essa intensidade seja uma mais-valia. São fortes no ataque à profundidade e com muito jogo direto, são fatores que vão tornar o jogo bastante difícil e para o qual temos de ter cautela.»

Ter ainda de defrontar Benfica e Vitória de Guimarães complica o objetivo do Arouca?

«O grau de dificuldade dos jogos é sempre relativo e não quer dizer que o da próxima jornada, no Estádio da Luz, vai ter maior grau de dificuldade. Pensarei depois nesse jogo. Neste momento a nossa preocupação é o Estrela, um jogo de dificuldade elevadíssima, não só pela necessidade do adversário, mas também por aquilo que o Estrela tem apresentado e que é difícil de contrariar.»

O empate inesperado em Barcelos, depois de estar a vencer por dois golos, teve efeitos na moral da equipa?

«Nunca deveríamos ter perdido aquele jogo, não por uma questão de obrigação, mas por aquilo que ocorreu durante o jogo. Devíamos ter ganho com relativa tranquilidade. Foi um minuto em que aconteceram coisas que não deviam acontecer e que serviu de aprendizagem.»

Frente ao Estrela, o guarda-redes Thiago Rodrigues vai continuar no lugar de Arruabarrena?

«Pode acontecer. Temos três guarda-redes com um nível alto. Obviamente que o Nacho [Arruabarrena] é indiscutível, mas não se trata de uma questão de performance, é uma questão de gestão do plantel. Confiamos nos que são chamados. Não se trata de dar prendas ou de dar recompensas. O ano é longo, quem não está a jogar tem uma preponderância brutal no rendimento de quem está a jogar porque está a concorrer pelo lugar e está a contribuir para elevar a qualidade do treino. Sem concorrência, a qualidade do treino acaba por baixar. Esta decisão não tem nada a ver com a qualidade ou o rendimento do Nacho. Estamos extremamente contentes com ele.»

A alternância de guarda-redes tem algo a ver com o fim de contrato de Arruabarrena?

«Isso é a análise de quem não tem a informação toda. Está no direito de a fazer, mas eu estou aqui para explicar o porquê, tal como o fiz no final do jogo [em Barcelos]. Fui frontal e claro. Por vezes as pessoas constroem algumas histórias à volta desta questão. Não tem nada a ver com isso. São decisões completamente pensadas e discutidas no grupo de trabalho e devidamente enquadradas.»

Para o jogo de receção ao Estrela da Amadora, a evolução da recuperação do lateral Tiago Esgaio e do defesa central Robson Bambu pode abrir portas à convocatória. Mais difícil está a disponibilidade dos centrais Montero e Matias Rocha, ainda lesionados.