Transmontanos e minhotos necessitam de vitórias para treparem na classificação
O Chaves-Vizela, que esta noite abre a ronda 12 do escalão primodivisionário, colocará frente a frente duas equipas ávidas de pontos como de pão para a boca.
Com apenas 10 pontos, o emblema vizelense quer colocar-se num lugar mais confortável na tabela, uma vez que o começo de temporada está aquém das expectativas e o treinador Pablo Villar ainda não conseguiu convencer os exigentes adeptos do clube. A vitória e o empate averbados nas duas últimas jornadas serviram como um balão de oxigénio para os homens de Vizela, que agora querem manter no trilho dos bons resultados.
Por seu lado, o Chaves tem tido um início de temporada bastante periclitante, que levou mesmo à mexida no comando técnico, com a saída de José Gomes e a entrada de Moreno Teixeira. Os resultados não têm permitido aos flavienses estar numa posição tranquila, daí que a partida desta noite se revesta de extrema importantes para as hostes transmontanas. Não é uma final, mas a jogar em casa tem obrigatoriamente de ganhar.
CHAVES
Depois das derrotas consecutivas frente V. Guimarães, Benfica e Sporting, o Chaves tem esta noite a obrigatoriedade de conquistar os três ante um adversário direto na luta pela permanência. Moreno Teixeira não rotula o jogo de final ou decisivo, mas a verdade é que se não somar os três pontos esta noite o emblema transmontano entra numa espiral negativa, que começa a deixar os sócios descontentes e num estado de alma nada bom. Ciente dessa situação, o treinador flaviense vê a receção ao Vizela como uma espécie de clique para o que resta da temporada.
O ponta de lança do Chaves, descoberto nos escalões inferiores do futebol espanhol por Vítor Campelos, é a grande figura do Chaves. O dianteiro, de 28 anos, leva sete golos na conta pessoal e poderá ser uma arma crucial desta noite, já que procurará ferir a defesa contrária, sobretudo através do seu forte jogo aéreo. E Moreno Teixeira tem dado muita confiança ao espanhol para que continue a ser letal na área contrária.
O que disse o treinador Moreno Teixeira: «Não acho que o jogo de amanhã seja uma final. É um jogo do nosso campeonato, importante, nós temos consciência e responsabilidade de perceber isso, mas não é uma final. Em caso de vitória, fazemos 10 pontos e podemos subir alguns lugares na classificação. E é nisto que estamos focados»
Treinador flaviense nega categoricamente importância acrescida na receção ao Vizela pelo facto de o Chaves estar em lugares de despromoção; a equipa vai dar tudo para conquistar os três pontos, garante o técnico, mas não há lugar a qualquer pressão devido à tabela classificativa; Duas baixas e uma dúvida
VIZELA
O Vizela sofreu uma profunda remodelação no defesa, com a saída de jogadores importantes e a entrada de outros. Pablo Villar chegou e necessitou de algum tempo para se adaptar à realidade do futebol português e também para conseguir incutir os seus métodos de trabalho, procurando, sem efeito para já, dar a melhor sequência ao trabalho desenvolvido por Álvaro Magalhães e também Tulipa. Vencer o Chaves deixaria já o adversário a seis pontos de distância, o que é sempre especial nesta luta titânica pela permanência na Liga.
O ponta de lança do Vizela tem sido o elemento mais em foco esta temporada como os próprios números atestam. Leva cinco golos até ao momento e tem sido decisivo e seguramente será uma seta apontada à baliza dos flavienses, esta noite, no pontapé de saída da 12.ª jornada do campeonato. Possante e rápido, procurará certamente visar a baliza contrária para ajudar o Vizela a conquistar mais três preciosos pontos na maratona da permanência.
O que disse o treinador Pablo Villar: «Estamos invictos desde novembro. O último jogo que perdemos foi contra o FC Porto, mas, tal como estávamos nos momentos menos bons, temos de continuar a trabalhar, ser melhores a cada dia. E o jogo de Chaves é uma boa oportunidade para continuar a crescer e a capitalizar este bom momento. Vamos com intenção de continuar nesta linha»