Treinador flaviense nega categoricamente importância acrescida na receção ao Vizela pelo facto de o Chaves estar em lugares de despromoção; a equipa vai dar tudo para conquistar os três pontos, garante o técnico, mas não há lugar a qualquer pressão devido à tabela classificativa; Duas baixas e uma dúvida
É um facto que o Chaves está, neste momento, em lugares de despromoção, é indesmentível que a equipa precisa de conquistar pontos para conseguir galgar algumas posições na tabela classificativa, mas, para Moreno, essa matemática não pode fazer parte do estado anímico dos jogadores. O técnico flaviense garante que todos estão conscientes da importância da receção ao Vizela, mas não quer, sequer, ouvir falar em qualquer tipo de pressão.
O duelo entre transmontanos e minhotos abrirá, amanhã, a 12.ª jornada da Liga, e esta quinta-feira, em conferência de Imprensa, Moreno Teixeira fez a antevisão de uma partida que considera importante mas não fulcral.
«Não acho que o jogo de amanhã seja uma final. É um jogo do nosso campeonato, importante, nós temos consciência e responsabilidade de perceber isso, mas não é uma final. Em caso de vitória, fazemos 10 pontos e podemos subir alguns lugares na classificação. E é nisto que estamos focados», assumiu.
O último jogo oficial dos valentes transmontanos foi no passado dia 11 - além da paragem para os compromissos das seleções, o Chaves também não competiu na Taça de Portugal, uma vez que já tinha sido eliminado da prova rainha - e este hiato de tempo foi, no entender de Moreno, excessivo. Porque o treinador defende que as equipas evoluem a jogar e não apenas em encontros particulares. Sendo que, durante este período, os flavienses até realizaram três jogos amigáveis.
Moreno esteve privado de sete jogadores e, por essa razão, viu em ação um trio de atletas da equipa B; Samba Koné e André Almeida apontaram os tentos da formação orientada por Jorge Simão
Kelechi Leandro Sanca levaram os flavienses em vantagem para o intervalo, Ricardo Rodrigues reduziu para os ribatejanos já na etapa complementar; Moreno volta a observar os seus jogadores em novo particular agendado para a manhã deste sábado, desta feita diante do SC Braga B
Héctor Hernández, Kelechi e Paulo Victor apontaram os tentos dos flavienses, Mathys reduziu para os arsenalistas
«Foi uma pausa longa, sendo que eu tenho a convicção de que as equipas melhoram a competir, em jogos a valer. Fizemos alguns particulares, os sinais do grupo de trabalho foram bons, mas três semanas de paragem nesta altura do campeonato não me parece que tenha sido o melhor. Tanto para nós como para todas as equipas que estiveram paradas. Claro que testámos coisas diferentes, tivemos atletas a chegarem a índices físicos melhores do que os que tinham, e preparámos um jogo importante, como é o de amanhã», salientou.
E na projeção do embate com o Vizela, não faltaram elogios para o conjunto minhoto. No entanto, e apesar reconhecer as dificuldades que a sua equipa vai ter pela frente, Moreno também garante que sabe qual a melhor estratégia a utilizar para que os três pontos fiquem em Trás-os-Montes. Sendo que, para isso, os flavienses vão contar com um forte apoio das bancadas, uma vez que durante os últimos dias o clube levou a cabo uma campanha de promoção do jogo junto da comunidade escolar da cidade e da região: «Vamos defrontar um adversário com valia, com jogadores de muita qualidade individual, mas nós acreditamos que vamos conseguir os três pontos. Vai estar um ambiente bom [no Estádio], porque o clube também fez por isso, e nós temos de responder dentro de campo.»
Jogadores e mascote do emblema transmontano estiveram esta terça-feira no Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar para convidarem os alunos a marcarem presença no próximo jogo em casa, diante do Vizela
Guarda-redes português está recuperado de uma gripe; defesa-central/médio-defensivo sul-africano dá seguimento a treino específico; Héctor Hernández e Edu Borges foram à escola
A terminar, Moreno foi instado a pronunciar-se sobre o que o calendário reserva ao Chaves até final do presente ano civil - depois de receberem o Vizela, os transmontanos deslocam-se ao reduto do Estoril, recebem o Casa Pia e vão ao Dragão defrontar o FC Porto. O técnico nem quer ouvir falar nos próximos compromissos. É um jogo de cada vez. E relativamente à reabertura do mercado de transferências, no próximo mês de janeiro... nessa altura será debatido. «jogos até ao final do ano, nem no mercado de inverno. Não é esse o caminho. Temos é de fazer as coisas amanhã com a qualidade que temos para vencermos o jogo. Acredito muito na valia dos meus jogadores e é com estes que vamos até à abertura do mercado. Aí, iremos falar e ajustar o que teremos de ajusta», concluiu.