Boavista-Vizela, 2-2 Rubén de la Barrera: «Fizemos muitas coisas bem, mas não chegou, é pena»
Treinador do Vizela lamenta que a equipa não se tenha libertado mais cedo
Rubén de la Barrera abordou, na conferência de imprensa, o empate (2-2) com o Boavista. O treinador vizelense diz que este jogo espelhou toda uma época, nomeadamente desde que chegou ao clube.
[O Vizela teve dignidade na despedida?] «Foi um jogo em que fomos muito superiores e, quando isso acontece, tens de o traduzir no resultado. Este jogo traduz o resultado desportivo desta época: o controlo dos detalhes marca a diferença. Fizemos muitas coisas bem, mas não chegou, é pena.»
[Sai com amargo de boca?] «O empate faz-me sentir sensações similares às da descida de divisão. Em termos futebolísticos, independentemente de resultado, há coisas que fazemos muito bem e outras que são as que não permitem aproveitar os bons momentos para ganhar jogos. Noutra divisão seguramente sim, mas numa primeira liga, com diferenças muito reduzidas, impedem. Desde que cheguei, comentam que somos diferentes, com trocas de bola, arriscados, é ao contrário, tentámos evitar o risco porque em espaço aberto e na defesa não somos fortes. Somos capazes de chegar com facilidade à baliza contrária, mas com dificuldades em fazer golo. Em cruzamentos e situações de golo temos margem para fazer melhor e são situações determinantes que permitem ou não atingir objetivos.»
[Sente que podia ter refrescado o ataque depois dos 80?] «O Essende não podia jogar hoje. Se fossemos capazes de fazer o que já fizemos durante 90 minutos, teríamos outras possibilidades e falaríamos de outra realidade. Estávamos cansados, sem energia, eles com muita gente sobre a nossa última linha para cruzamentos, queríamos reforçar esse espaço com a entrada do Busnic e ter gente para ter continuidade após ganhar a segunda bola, para terminar o jogo em zonas laterais. A última jogada dos descontos... não podemos controlar.»
[Sai de consciência tranquila se for o último jogo?] «A consciência é controlar o que posso, treinar e transmitir informação de qualidade para extrair rendimento dos jogadores. Isto não é linear, por muito que falemos das sensações e dados. Este desporto é maravilhoso e cruel ao mesmo tempo, dá e tira razões, mas se queres uma resposta fechada: sim, totalmente. É certo que é uma pena que não tivéssemos esta capacidade para nos libertar como contra o Estrela e hoje, num estádio importante. Isso impactaria diretamente no resultado.»