9 fevereiro 2024, 19:13
«Jurásek não teve o impacto que esperávamos»
Rui Costa admitiu que a substituição de Grimaldo não era fácil e o checo, contratado ao Slavia Praga e entretanto emprestado ao Hoffenheim, desiludiu
SAD já trabalha na construção do plantel para a nova época; muita coisa está ainda em análise mas contratação de dois defesas é ponto assente
A projeção do plantel do Benfica para a próxima temporada naturalmente que ainda está dependente de muitos aspetos, nomeadamente das saídas de jogadores no verão e da continuidade ou não Roger Schmidt, apesar de o treinador ter contrato até 2026, mas a SAD dos encarnados já se encontra em campo a trabalhar para ter novamente um grupo forte.
Em matéria de contratações, esta época foram antecipadas as entradas no grupo de Schmidt dos atacantes argentinos Rolheiser, de 24 anos, e de Prestianni, que tem somente 18 anos; os dois chegaram mais cedo por circunstâncias várias mas também para se poderem ir adaptando.
O extremo norueguês Andreas Schjelderup, de 19 anos, já foi contratado na época passada, mas saiu por empréstimo para o Nordsjaelland (da Dinamarca), para jogar mais, e vai surgir de novo também como aposta forte do Benfica em jovens para 2024/2025.
Além destes jogadores para o ataque, há outras duas posições que o Benfica vai querer reforçar e pelas quais já se encontra no mercado a trabalhar: as laterais, um problema dos encarnados das últimas largas épocas e que se acentuou nesta depois da saída do lateral-esquerdo Grimaldo para o Leverkusen, no final de 2022/2023.
Para a direita há apenas um lateral de raiz, o dinamarquês Bah, que tem tido uma época irregular devido a várias paragens por lesão. Para a esquerda foi contratado o checo Jurásek, que não se adaptou e em janeiro saiu por empréstimo para os alemães do Hoffenheim. No grupo ficou Juan Bernat, lateral-esquerdo espanhol cedido pelo PSG que foi operado a uma pubalgia e praticamente ainda não ajudou a equipa, e foi contratado Álvaro Carreras, internacional sub-21 espanhol — veio por empréstimo do Manchester United, com cláusula de opção de compra de €6 milhões. Carreras mostra valor, mas ainda não parece pronto para agarrar o lugar no imediato.
9 fevereiro 2024, 19:13
Rui Costa admitiu que a substituição de Grimaldo não era fácil e o checo, contratado ao Slavia Praga e entretanto emprestado ao Hoffenheim, desiludiu
Ao treinador têm valido as adaptações do médio Aursnes à direita e à esquerda, e do defesa-central Morato à esquerda.
Para 2024/2025, Jurásek dificilmente volta ao Benfica (mostrou pouca qualidade apesar de ter custado €14 milhões), Bernat vai ser devolvido ao PSG; a ideia é comprar o passe de Carreras, mas a conclusão é clara: faltam laterais e a SAD quer contratar mais um lateral-direito e mais um lateral-esquerdo.
O Benfica tem sentido dificuldades nas últimas épocas para encontrar laterais bons e consistentes a defender e atacar.
Num breve olhar para o que ficou para trás, na temporada passada, apesar da conquista do título, Grimaldo foi dono e senhor do lugar de defesa esquerdo mas o sérvio Ristic não convenceu Schmidt e, na direita, Gilberto também não foi consensual como suplente de Bah — Aursnes avançou em alguns jogos para o lugar.
Mais para trás, nos anos recentes, ficaram nomes de laterais à direita e esquerda que desiludiram ou não se afirmaram como Valentino Lázaro, Tomás Tavares, Nuno Tavares, Tyronne Ebuehi, Corchia, Alex Pinto, Iuri Ribeiro, Douglas, Hermes, Pedro Pereira, Marçal, Loris Benito ou Bruno Cortez.
Há, portanto, urgência para não voltar a falhar nos alvos.
A política de contratações do Benfica para a próxima temporada muito provavelmente estará dependente do que vai suceder com dois jogadores fundamentais desta época e que já o são para a seguinte: João Neves e António Silva. Médio e central da formação encarnada são titularíssimos e estão a ser observados como potenciais reforços por alguns dos maiores clubes do mundo.
A SAD benfiquista fechou a porta a negociações em janeiro, mas poderá ser difícil resistir a prováveis propostas fortes que possam chegar no verão. Há alguma tranquilidade porque a cláusula de rescisão de João Neves é de €120 milhões e a de António Silva é de €100 milhões, mas os sinais que vão chegando são os de que os dois jovens são apontados como transferências milionárias; pelo menos um deles deve sair.