Academia do FC Porto: Hasta pública dos terrenos ratificada
Assembleia Municipal da Maia aprovou hasta pública dos terrenos da Academia do FC Porto

Academia do FC Porto: Hasta pública dos terrenos ratificada

NACIONAL25.03.202423:07

Proposta da Câmara passou com votos a favor dos deputados do PSD/CDS e de três independentes; sete deputados do Partido Socialista votaram contra, quatro abstiveram-se, tal como dois do Bloco de Esquerda, um da CDU e um do PAN.

A Assembleia Municipal da Maia, em sessão extraordinária, ratificou esta segunda-feira à noite, por maioria, a hasta pública para a venda de terrenos para a academia do FC Porto, confirmando assim a decisão da Câmara Municipal de aprovar a alienação de 18 lotes rústicos integrados no projeto do Parque Metropolitano da Maia, num total de 140.625 metros quadrados.

A deliberação foi votada favoravelmente pela coligação PSD/CDS, maioritária na Assembleia Municipal, e três deputados independentes. Os sete deputados do Partido Socialista votaram contra, quatro abstiveram-se, tal como dois do Bloco de Esquerda, um da CDU e um do PAN. Dado este passo, segue-se agora o período de licitação, que só avançará depois da decisão ser publicada em Diário da República, que deverá acontecer nas próximas horas. A apresentação de ofertas será de 20 dias seguidos, sendo que naqueles terrenos só pode ser edificado um equipamento para desporto de formação.

Em reunião ordinária da Câmara Municipal realizada no passado dia 18 março, a proposta da hasta pública dos terrenos foi subscrita pelo presidente da autarquia, António Silva Tiago, e aprovada por maioria, com os votos contra do Partido Socialista, que pela voz do vereador Francisco Vieira de Carvalho se manifestou contra o valor de 23,89 euros por metro quadrado, definido na avaliação externa. O valor base da hasta pública dos terrenos da futura academia, situados nas freguesias de Nogueira e Silva Escura e São Pedro Fins, é de €3,36 milhões.

A Academia terá uma área de implementação de 21,5 hectares, sendo que a outra parte do terreno, correspondente a 10 hectares, foi negociada com privados. A 18 de março, o vereador socialista levantou dúvidas sobre o negócio, afirmando que o «terreno privado foi comprado pela ABB, empresa de Braga detida por Gaspar Borges, com Koehler e Pedro Pinho metidos no negócio», algo que foi desmentido pelo empresário e apoiante de Pinto da Costa e pelo agente de jogadores, bem como pelo FC Porto. Tanto Koehler como Pinho avançaram com participação criminal contra Francisco Vieira de Carvalho.

Nas visitas de campanha que fez à Casa do FC Porto de Famalicão e à Afurada, Pinto da Costa anunciou que a maqueta da Academia é apresenta na quarta-feira, às 10.30 horas, no Estádio do Dragão, juntamente com o arquiteto Manuel Salgado, e que se trata de «um projeto do presidente e não do candidato.» «O projeto está feito e pago, a maqueta, a forma como será pago sem influenciar as contas do clube. Entretanto, aparece alguém que diz ‘vamos rasgar contratos’, mas no FC Porto não há lugar para ‘Vales e Azevedos’, aqui cumpre-se a palavra», disse, a propósito da intenção de Villas-Boas de rever as cláusulas penais do acordo com a autarquia da Maia, defendendo como alternativa a construção de um Centro de Alto Rendimento em Gaia, para servir as equipas profissionais, passando o Olival para a formação.

O equipamento projetado na Maia terá um estádio com lotação a rondar os 2.500 lugares, com nível de Liga2, nove relvados de futebol de 11, quatro deles com bancadas para 400 espetadores, e um de futebol de sete, contando ainda com gabinetes médicos, hidroterapia, ginásio e balneários, salas de lazer e de estudo, além de 72 quartos duplos e uma cozinha e sala de refeições.

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