Liga Europa Rúben Amorim: «Pensámos um bocadinho no dérbi e isso é perigoso»
Treinador do Sporting falou, na zona mista, sobre o encontro frente ao Raków, que os leões venceram por 2-1
Rúben Amorim admitiu, após a vitória do Sporting frente ao Raków na Liga Europa, que tanto treinador como equipa já estavam a pensar no jogo de domingo, frente ao Benfica.
Missão cumprida sem brilhantismo?
«Sim, sem dúvida. O pouco que fizemos foi quando estávamos 11 para 11, a meter pressão. Depois da expulsão e com o golo tentámos gerir. Felizmente, não demos oportunidades ao adversário e penso que nós, com 10 lá, criámos bastante mais na primeira parte, mas obviamente que ficamos com o resultado, não com a exibição. Também culpa do treinador, que começou a tentar gerir o jogo e as substituições, e tirou um bocadinho de qualidade ao jogo.»
Mais dificuldades a jogar contra 10 que contra 11?
«Sim, mas é porque baixámos um bocadinho o ritmo. Tivemos várias ocasiões em que devíamos ser mais perfeitos no último passe, havia espaços que o adversário dava quando caía nas pressões, mas não fomos bons o suficiente para marcar golos e acalmar mais um jogo. Depois, uma bola num livre torna tudo mais difícil, mesmo com 10 ficamos com medo de uma bola parada no meio-campo outra vez, mas faz parte do jogo, e acho que todos, incluindo o treinador, na segunda parte com as substituições, pensámos um bocadinho no dérbi e, às vezes, isso é perigoso.»
Preocupação com os golos sofridos?
«Sem dúvida, sem dúvida. Não são bolas perigosas, não são livres a entrada da área, não são jogadas de perigo. Por vezes somos nós que, às vezes, complicamos um bocadinho a nossa vida. Mas quando acontece várias vezes, a culpa é do treinador. Vamos tentar melhorar. São pequenos momentos de desconcentração que nos dificultam muito a vida, quando podemos ter a vida muito mais facilitada.»
Estreia de Tiago Ferreira. É um exemplo para a formação?
«Sim, mas o [Tiago Ferreira] já tinha feito a pré-época, esteve um ano lesionado. Ele continua a fazer esta escada entre a equipa A e a B. Nós, com a falta de alguns jogadores para aquela posição, com o Pote a jogar no meio-campo... temos de chamar miúdos da formação para rodar um bocadinho os jogadores e eles têm de estar preparados, porque a qualquer momento são chamados e têm de ir a jogo.»
Pensamento imediato no jogo do Benfica
«Não há tempo para descansar. É já um jogo daqui a dois dias, uma equipa que... e não queria estar a falar, mas não sabemos se vai jogar com quatro ou com cinco [na linha defensiva]. Temos de meter tudo num dia e tentar não confundir os jogadores é importante. Vamos já pensar no próximo jogo.»
Era preferível que o Benfica jogasse com uma linha de quatro ou cinco defesas?
«(risos) Já entrei demasiado no jogo, não vou entrar por aí. Só queria dizer que, obviamente, os jogadores fazem o papel deles, que é saírem daqui, recuperarem e não pensarem em mais nada. O nosso, enquanto equipa técnica é preparar a equipa e tentar, em poucas palavras, explicar o que pensamos que vamos encontrar no domingo, no dérbi.»