Regresso? Paulo Sousa sente-se «cada vez mais próximo de Portugal»
Paulo Sousa (IMAGO / IPA Sport)

Regresso? Paulo Sousa sente-se «cada vez mais próximo de Portugal»

INTERNACIONAL12.09.202419:46

Declarações do técnico à margem da terceira edição da cimeira Thinking Football

Paulo Sousa não está em Portugal desde 2008, quando treinava as seleções jovens, mas já pensa num possível regresso. As declarações foram do próprio treinador à margem da terceira edição da cimeira Thinking Football.

«Iniciei por fora a carreira de treinador nos clubes e isso acabou sempre por me afastar daquilo que é a nossa realidade. Sinto-me cada vez mais próximo de Portugal. Não sei se é para continuar nesta linha como treinador, mas penso que sim, porque assim o quero fazer e tenho essa projeção. Sinto essa necessidade de estar cada vez mais próximo e reconheço valor maior na expressão daquilo que fazemos bem», confessou o técnico português do Shabab Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos.

Paulo Sousa, com passagens por França, Itália, Inglaterra e Brasil, sabe melhor que ninguém como é visto o talento português lá fora: «Há uma transformação notável no desenvolvimento e reconhecimento mundial do talento português, que é transversal a jogadores, treinadores, dirigentes e agentes. Crescemos muito em conjunto e hoje temos uma expressão maior, porque somos reconhecidos.»

O técnico está assim na sua 11.ª experiência num país estrangeiro diferente, depois de oito meses sem treinar após abandonar o Salernitana em outubro de 2023. «Em Itália, tive projetos diferentes, com outra dimensão e foco. Havia uma distância temporal bastante grande [desde a conquista no Basileia], que me levou a tomar a decisão de abraçar um clube que tem a mesma missão que eu, que é ganhar títulos», explicou.

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Agora, o foco está no Shabab Al-Ahli, que foi segundo classificado do escalão principal dos Emirados Árabes Unidos na época passada, após já ter festejado o título em 2022/23 sob o comando técnico do também português, Leonardo Jardim. «Como um bom português, procuro sempre desafios que ajudam a crescer, mas todos os que me chegaram antes não seriam para ganhar títulos. Este foi o maior desafio. Eu iniciei o meu processo como jogador a ganhar. Mesmo no início da carreira como treinador, também fui ganhando». salientou o técnico que começou por ser campeão nos israelitas do Maccabi Telavive, em 2013/14, e nos suíços do Basileia, em 2014/15.

Sobre o futebol nos EAU, Paulo Sousa ainda não pode tirar grandes conclusões: «Os Emirados Árabes Unidos estão a investir de uma forma diferente em treinadores e jogadores, mas ainda não tive muito tempo para poder entender o seu projeto-base. É um mercado que tem vindo a crescer no Médio Oriente e penso que essa evolução não será curta a nível temporal. Posiciona-se logo a seguir à Arábia Saudita e ao Qatar.»