Otamendi veste fato de goleador nove anos depois

Capitão do Benfica não marcava em dois jogos consecutivos desde 2015, com a camisola do Valência; só por três vezes o fez, a primeira no FC Porto; chegou aos 40 golos na carreira

Nicolás Otamendi marcou em dois jogos  consecutivos, frente a Estoril e Estrela da Amadora, situação que não vivia há nove anos, quando, ao serviço do Valência, faturou diante do Celta (1-0) e Almería (3-2), dois encontros separados por seis dias, menos um que o intervalo entre a meia-final da Taça da Liga diante do Estoril (1-1, derrota nos penáltis, a 24/01) e a curta viagem até à Reboleira (4-1, para a Liga, a 29/01).

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Foi apenas a terceira vez que experimentou tal sensação numa  carreira que já vai longa. A primeira também ocorreu em Portugal, ao serviço do FC Porto, na temporada 2010/2011, à data dirigido por André Villas-Boas e hoje candidato à presidência do FC Porto.

No espaço de apenas quatro dias, o internacional argentino marcou no triunfo frente ao CSKA_Sófia (3-1, no Dragão, Liga Europa, a 15 de dezembro de 2010) e na vitória (3-0) em casa do Paços de Ferreira (19 de dezembro de 2010, para o campeonato). Essa temporada foi, aliás, muito especial para o defesa: além dos vários títulos conquistados (Liga, Taça de Portugal, Supertaça e Liga Europa), foi também a única temporada em que fez dois golos no mesmo jogo. A vítima foi o SC Braga, que perdeu em casa por 0-2 diante dos dragões, a 13 de fevereiro de 2011.

Pior média nas águias

Em termos absolutos, Nicolás Otamendi atingiu, no Estádio José Gomes, a marca redonda de 40 golos num total de 711 jogos realizados pelos clubes que representou (Vélez Sarsfield, FC Porto, Atlético Mineiro, Valência, Manchester City e Benfica) e pela seleção da Argentina (109 partidas, seis golos).

Mas é no Benfica que apresenta a pior média: o capitão das águias precisa de 31 jogos para faturar diante dos seus adversários, muito diferente, por exemplo, do registo no Manchester City (um golo a cada 19 partidas), no Valência (apenas 6,3 encontros para marcar) ou no FC Porto (um golo por cada 12,5 jogos). Mesmo na seleção os dados são mais satisfatórios: um golo por cada 18,1 encontros, o último dos quais decisivo, no triunfo por 1-0 diante do Brasil, de qualificação para o Mundial-2026, em pleno Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. 

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