Destaques do Benfica: Só houve uma estrada com saída e foi Otamendi quem a descobriu
Festa de Otamendi e Morato no golo do Benfica frente ao Estoril (Miguel Nunes/ASF)

Allianz Cup Destaques do Benfica: Só houve uma estrada com saída e foi Otamendi quem a descobriu

NACIONAL24.01.202423:14

Musa, Di María (remate do outro mundo!), João Mário, Rafa, ou Marcos Leonardo — muitos falharam golos e apenas o central soube chutar com sucesso para a baliza do Estoril; João Neves foi quem de novo colou o Benfica

O melhor do Benfica - Otamendi (7)

O defesa-central argentino não merece o destaque dos encarnados neste jogo apenas porque marcou o golo, mas muito por causa disso. Otamendi conseguiu o que criativos e avançados da equipa não conseguiram: alvejar a baliza do Estoril com sucesso. E conseguiu-o num lance de envolvimento e em que rematou em arco, com classe. Na defesa, o capitão foi capitão. Meteu Cassiano no bolso e ajudou Morato a bater-se com Guitane e até Aursnes a lidar com Rodrigo Gomes. Encheu o peito e obrigou os companheiros a jogar metros à frente, procurando, ele próprio, o desequilíbrio com passes longos. No penálti que marcou, voltou a não falhar. Cem por cento de eficácia.

(5) TRUBIN — Sentiu o perigo rondar a sua baliza em várias ocasiões, mas praticamente não foi chamado a jogo antes dos penáltis. No lance do golo do Estoril era muito difícil ter feito melhor, mas a bola entrou pelo seu lado, junto ao poste; talvez pudesse ter caído mais rápido. Nos penáltis parou um, mas só um não chegou. 

(5) AURSNES — Travou um duelo muito interessante e intenso com Rodrigo Gomes e, aos 71’, fez-lhe um grande corte, em lance de potencial golo. Mas perdeu vários outros lances. O norueguês subiu pouco para o ataque, mas arrancou dois bons cruzamentos, um para Rafa (20’) e outro para Musa (68’), e os dois não resultaram em golo por muito pouco. 

(6) ANTÓNIO SILVA — Exibição irrepreensível do ponto de vista defensivo e com muita qualidade na saída com bola. Fez dois remates de cabeça, mas saíram-lhe ambos por cima da baliza do Estoril

(5) MORATO — Sentiu muitas dificuldades para colocar travão na velocidade e criatividade de Rafik Guitane, com quem perdeu e ganhou duelos. No lance do golo deu-lhe talvez demasiado espaço e tempo para pensar, mas foi maior o mérito do avançado do Estoril do que o demérito do defesa. Destacou-se no ataque com cruzamentos e passes muito bons. 

(7) JOÃO NEVES — Foi novamente ele quem colou a equipa, recuperando bolas atrás de bolas e assumindo ele próprio a responsabilidade das transições. Tirou o pão da boca a Koindredi quando este se preparava para atirar à baliza (9’). Esteve no lance do golo de Otamendi, esteve em todo o lado. 

(5) KOKÇU — Trabalhou muito a defender e passou sempre com muito critério quando em posse da bola, mas, mesmo percebendo que o adversário esteve quase sempre recuado e compacto, pedia-se ao internacional turco mais ideias e capacidade para esticar o jogo. 

(6) DI MARÍA — Durante a primeira parte foi sempre ele a forçar o espaço, com jogadas individuais ou passes de risco. Falhou incrivelmente o golo, sozinho em frente ao guarda-redes (36’). Depois desabou do ponto de vista físico para só reaparecer por volta do minuto 80, com um remate fraco, um passe fantástico para jogada de Álvaro Carrera e, no último minuto da compensação, um remate tremendo a que Dani Figueira correspondeu com defesa igualmente do outro mundo. E a bola ainda bateu no poste. No seu penálti, não tremeu. 

(5) RAFA — Serviu Di María (36’) e Marcos Leonardo (82’) para finalizações desastradas dos companheiros, mas, no intervalo destes bons lances , Rafa foi poucochinho. Teve pouco espaço, mas também se revelou incapaz de o ganhar e decidiu mal quando o teve. Aos 20’, rematou enquadrado para boa defesa de Figueira; talvez pudesse ter rematado melhor. 

(5) JOÃO MÁRIO — Logo aos 13’ teve tempo para aproveitar melhor um passe errado em zona perigosa para o Estoril. Teve muito critério na gestão com bola e foi solidário sem ela. Esteve no lance do golo de Otamendi e serviu Musa para remate perigoso (58’). Faltaram-lhe ideias. 

(5) MUSA — Teve muitos lances para fazer a diferença, mas faltou-lhe sempre um bocadinho o timing e até qualidade na abordagem dos lances. Bela simulação para Otamendi marcar, depois de ter sido o próprio Musa a recuperar a bola para a equipa. 

(4) MARCOS LEONARDO — Algumas boas combinações, mas falhou um golo a metro e meio da linha de baliza (82’) e depois falhou um penálti. 

(5) TIAGO GOUVEIA — Deu corpo aos duelos e manteve o dinamismo no flanco esquerdo. 

(5) ÁLVARO CARRERAS — O lateral-esquerdo estreou-se e mostrou qualidade técnica. Aos 85’ fez bom passe para remate de Di María e aos 90+5’ respondeu a passe ao segundo poste de primeira, tentando colocar em Marcos Leonardo, mas a defesa cortou. 

(4) TOMÁS ARAÚJO — Procurou envolver-se sem sucesso no ataque pela direita e acabou por falhar o penálti que resultou na eliminação da equipa da Taça da Liga

(5) ARTHUR CABRAL — Entrou no último minuto do jogo e depois marcou com competência o seu penálti.