Benfica Neres apresenta providência cautelar para jogar contra o FC Porto

DAVID NERES recorreu para o TAD do castigo de um jogo de suspensão que lhe foi aplicado pelo Conselho de Disciplina da FPF, castigo esse que o afasta da Supertaça contra o FC Porto, primeiro jogo oficial da época.

O recurso inclui, ao abrigo do artigo 41º da lei do TAD,  providência cautelar apensa, que deverá agora ser dirigida ao presidente do Tribunal Central Administrativo do Sul (TCA), que analisará a providência e emitir se a considera deferida, ou seja válida, ou se a indefere. Apenas em caso de deferimento o castigo aplicado a Neres pelo CD_da FPF será suspenso até à análise final do recurso pelo TAD, que não deverá acontecer antes da realização da Supertaça. 

As águias tentam, assim, ter o jogador nas opções de Roger Schmidt para a jogo que se realiza no início de agosto, antes do arranque do campeonato.

O recurso, por si só, não é suficiente para suspender o castigo. Apenas com a validação da providência cautelar, que terá de ser aceite pelo TCA, o jogador ficará com a punição suspensa até à análise final pelo TAD. O TCA_deverá dar resposta já no início da próxima semana.

David Neres, recorde-se, foi castigado com um jogo de suspensão e o acórdão do CD da FPF justificou a decisão com base no que considera insultos ao portista Otávio e também por ter identificado o sportinguista Pote num vídeo em direto, usando expressões como «chupa» e «chora bebé». «Tais expressões, apesar de não constituírem difamação ou injúria, não são neutras, inócuas ou asséticas, pois valem pelo e no seu exato contexto: são vexatórias e procuram exibir a vitória de um campeonato como forma de humilhar os adversários, o que é uma gritante violação do fair play, abalando a imagem e credibilidade das competições além de constituírem um sério risco de potenciação do gérmen de fenómenos de violência desportiva», explica o CD da FPF.   

Por outro lado, o CD da FPF esclareceu também que David Neres não foi castigado no âmbito do vídeo gravado na Luz, em que se ouve o extremo dizer «chupem lagartos» e «chupem tripeiros», com aquele órgão federativo a considerar que o brasileiro alegou desconhecer, «por completo, a existência desses vídeos».