E. Amadora-Moreirense: tricolores querem dar pontapé na crise
Adeptos do Estrela da Amadora anseiam ver a sua equipa vencer na Liga (Miguel Nunes)

ANTEVISÃO E. Amadora-Moreirense: tricolores querem dar pontapé na crise

NACIONAL28.09.202408:10

Equipa da Reboleira, agora sob o comando técnico de José Faria, procura primeira vitória na Liga. Cónegos vêm de uma série de quadro jogos sem vencer e querem aproveitar algumas fragilidades do adversário

Duas equipas em fases distintas da temporada, mas com o mesmo objetivo: ganhar. A formação da casa chega à 7.ª jornada ainda sem vitórias (dois empates e quatro derrotas, enquanto os cónegos vêm de um ciclo de quatro jogos sem vencer (dois empates e outras tantas derrotas), depois de duas vitórias nas primeiras jornadas, e uma chicotada na equipa técnica.

No que à estatística diz respeito, há a realçar o facto de o E. Amadora nunca ter conseguido vencer em casa o Moreirense. Há registo de nove jogos: quatro para a Liga (um empate e três vitórias para os cónegos); outros quatro jogos na Liga 2 (também um empate e três vitórias para os nortenhos) e um encontro para a Taça da Liga (ganho pelo Moreirense).

Diga-se que a equipa de arbitragem nomeada para este encontro, no Estádio José Gomes, cujo pontapé de saída está agendado para as 15.30 horas, tem Miguel Fonseca (AF Porto) como árbitro principal, assistido por David Soares e João Martins. O 4.º árbitro é Gustavo Correia, enquanto VAR/AVAR estará a cargo de Luís Godinho/Rui Teixeira.

Miguel Fonseca (AF Porto) é o árbitro do jogo (D. R.)

ESTRELA DA AMADORA

Águas agitadas no reino do Estrela, que chega a esta ronda da Liga com apenas dois pontos conquistados, fruto dos empates com SC Braga (1-1) e Boavista (2-2), de resto, perdeu com Famalicão (0-3), Benfica (0-1), Casa Pia (0-1) e Santa Clara (0-1), o que originou chicotada na Reboleira. Filipe Martins não resistiu aos maus resultados e foi substituído no comando técnico por José Faria que, até então, desempenhava funções de diretor desportivo e é também vice-presidente da SAD. Os tricolores ocupam o penúltimo lugar da tabela classificativa (o Farense é o lanterna vermelha, ainda sem qualquer ponto conquistado), com apenas três golos marcados e nove sofridos (em todos os jogos da Liga permitiram golos) e querem dar um pontapé na crise.

Este jogo marca uma nova era, com pouco tempo de trabalho da nova equipa técnica, é certo, mas com José Faria a ser conhecedor profundo dos jogadores do plantel. De salientar que terá como adjuntos Carlos Boaventura (treinador da equipa B), Daniel Rosendo (treinador da equipa de sub-23), Gustavo Barão (preparador físico) e Fernando Marques (analista). A estes nomes junta-se Ricardo Malafaia, que também assumirá funções de adjunto.

No que à equipa diz respeito, há a realçar o regresso de Dramé às opções, após ter recuperado de lesão, enquanto o brasileiro André Luiz está sob os cuidados do departamento médico e, por isso, cede lugar no onze a Jovane Cabral, de 26 anos, que nos últimos dois encontros foi lançado após os 70 minutos. Danilo Veiga regressa ao lado direito da defesa e Diogo Travassos vira à esquerda.

Sistema tático: 4x4x2

Onze provável: Bruno Brígido; Danilo Veiga, Till Cissokho, Issiar Dramé e Diogo Travassos; Nani, Igor Jesus, Léo Cordeiro e Jovane Cabral; Kikas e Rodrigo Pinho

Lesionados: Miguel Lopes, Manuel Keliano, Nilton Varela, Ferro e André Luiz

O que disse o treinador José Faria: «Quem já teve a oportunidade de trabalhar na Liga sabe que é muito difícil. [O Moreirense] É um adversário que estudámos bem e que o Estrela nunca conseguiu ganhar, nos últimos jogos tem sete derrotas e dois empates. É uma equipa que joga junta há algum tempo. Vai ser um jogo de dificuldade máxima. Trabalhámos bem esta semana para tentar contrariar os pontos fortes deles e acreditamos nos nossos atletas. [Sobre a sua estreia] Estou muito tranquilo. O futebol é apenas uma parte da nossa vida, quem anda nele anda por gosto e sempre fez parte da minha vida toda. Sinto serenidade, tranquilidade e foco. Há coisas mais importantes na nossa vida, este é só mais um jogo, mais um desafio.»

MOREIRENSE

Do lado do campo, o Moreirense chega à Reboleira após quatro jogos sem vencer – dois empates, Benfica (1-1) e Famalicão (0-0) – e duas derrotas - SC Braga e Casa Pia (ambas por 1-3), sendo que nas duas primeiras jornadas os cónegos venceram – Farense (2-1) e Arouca (3-1). A equipa de César Peixoto encontra-se na 8.ª posição da tabela classificativa, com oito pontos, tendo marcado golos marcados e sofrido nove.

Escusado será dizer que César Peixoto quer aproveitar algumas fragilidades dos tricolores, fruto da turbulência que se vive na Reboleira, para que a sua equipa possa voltar a trilhar o caminho das vitórias num terreno, reforce-se, que é bastante favorável aos cónegos.

Quanto à equipa, diga-se que havia expectativa sobre a possibilidade de Ofori regressar à competição - que sofreu uma rotura no gémeo da perna direita após o empate com o Benfica -  mas, o médio ganês não recuperou e, por isso, continua a ser carta fora do baralho.

Sistema tático: 4x2x3x1

Onze provável: Kewin Silva; Fabiano Souza, Maracás, Marcelo e Godfried Frimpong; Sidnei Tavares e Rúben Ismael; Madson, Alan e Gabrielzinho; Luís Asué

Lesionados: Ofori, GilbertoGuilherme Liberato e Hernâni Infande

O que disse o treinador César Peixoto: «Sabemos que o Estrela vai tratar este jogo como uma final, e nós também partilhamos essa mentalidade. É uma partida crucial para as duas equipa. É sempre difícil antecipar a abordagem de uma equipa que muda de treinador. Com certeza vão criar problemas à sua maneira, mas estamos preparados para isso. Os jogadores sabem que não podem facilitar nem um minuto, nem um lance.»