Lage: «Ainda não fizemos nada de especial»

NACIONAL13:45

Treinador do Benfica quer que a equipa continue a crescer e pede «máximo compromisso» para o jogo com o Gil Vicente

Três jogos, três vitórias. Bruno Lage está cem por cento vitorioso desde que regressou ao banco do Benfica, mas deixa claro que sente que a equipa tem ainda de crescer, e por isso pede concentração total para a receção ao Gil Vicente, em jogo da 7.ª jornada da Liga.

Questionado se a equipa já estava a jogar à Benfica, o técnico respondeu que «o mais importante é ir trabalhando diariamente para atingir isso». «Sei aquilo que os adeptos gostam, pois também cresci aqui, passei por todas as equipas e também me identifico. A nossa ambição é continuar a crescer como equipa. Temos criado mais oportunidades de golos e queremos continuar nesse registo. Ainda não fizemos nada de especial, ganhámos três jogos, por isso peço máximo compromisso frente a um adversário muito exigente. A única coisa que controlamos é o nosso trabalho», acrescentou.

Lage faz questão de dizer que não ganhou sozinho, e revela que o discurso interno tem sido muito focado no coletivo acima do individual.

«Aquilo que eu quero, e tem sido palavra-chave desde o primeiro dia, aqui com a equipa, é cultura do clube, lema do clube. Tem sido uma palavra muito forte. Aquilo que temos de melhorar é funcionar em equipa. Não fui eu que ganhei, nem nenhum jogador em particular, foi a equipa. Tenho falado muito sobre isso, sobre cultura de clube. O talento ao serviço da equipa, e a forma como cada um pode ajudar a equipa. Aproveito para valorizar ainda mais a iniciativa do capitão, do Nico [Otamendi], de proporcionar um encontro fora do Seixal com os colegas. É algo que tempos de construir, todos juntos, e que vem da base do clube», acrescentou.

No que diz respeito ao que pretende ver dentro de campo, Bruno Lage também foi muito concreto na análise: «Quero uma equipa mais agressiva no último terço, em busca de espaços, de mais situações de finalização, que assim podemos marcar mais golos. Criar mais em qualidade. Tenho trabalhado imenso com os avançados e com os alas: como chegar ao último terço, que cruzamentos pretendemos, que movimentrações quero... esse tem sido o foco. Defender é muito fácil. É correr, como dizia o mestre Jaime Graça, e toda a gente atrás da linha da bola. Toda a gente tem responsabilidade de correr e de ser agressivbo para recuperar a bola.»