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15 fevereiro 2024, 15:59
José Mourinho: «Foi muito difícil recusar a seleção de Portugal»
Saída da Roma foi a que mais custou ao treinador português, devido também a oportunidades que recusou para continuar em Itália
Cristiano Ronaldo com José Mourinho no Real Madrid (Imago)
Mourinho sobre Ronaldo: «Não o treinas»
Técnico português explica a melhor forma de treinar o capitão da seleção e ainda revela como se tornou no melhor marcador de sempre
Em entrevista ao podcast Five, do ex-futebolista Rio Ferdinand, José Mourinho explicou que a melhor forma de treinar Cristiano Ronaldo no Real Madrid era… não o treinar:
«Acho que não o treinas. Eu acho que não lhe ensinas muito, é deixá-lo feliz, criar um ambiente, por um ponto de vista tático, pela ideia do futebol, onde o jogador consegue mostrar o seu melhor.»
O antigo técnico da Roma falou também sobre a mudança do jogador do Manchester United para a capital espanhola, que seria fundamental para se tornar no atleta que é atualmente: «Acho que o Real Madrid para ele foi um momento de transição, porque no Manchester United ele era um extremo: extremo esquerdo, extremo direito, na ala a driblar, a atacar e a ultrapassar os adversários. Em Madrid tornou-se mais no homem golo que foi para o resto da carreira.»
O português ainda recordou o primeiro encontro em que colocou a estrela da sua equipa na frente do ataque e logo num Clássico: «O primeiro grande jogo que ele jogou como ponta de lança foi no Real Madrid-Barcelona, na final da Taça do Rei, onde marcou um golo fantástico, com um cabeceamento fantástico, no prolongamento. Esse foi o início do momento em que as pessoas tiveram um sentimento de que este animal podia ser um homem golo e não apenas um puro extremo.»
Por fim, Mourinho detalhou a opção tática de colocá-lo a jogar a extremo esquerdo, embora não fosse essa a sua função dentro de campo: «Madrid foi um pouco híbrido, porque ele jogava a partir da esquerda, mas ele não estava na ala, ele não estava a enfrentar os laterais. Estávamos a protegê-lo com o balanço que tínhamos atrás, com o Xabi Alonso, com o Khedira. Essa era a posição onde ele podia ser mais eficaz, onde podia marcar mais golos. Motivação não precisas de lhe dar, ambição, responsabilidade não lhe podes dar, técnica não lhe podes dar. É só preciso ajustes táticos e deixá-lo feliz.»
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