Treinadora do Sporting manifestou incompreensão sobre o facto de a receção às madrilenas não se realizar no estádio principal; reconhece capacidade do adversário, mas não abdica do desejo de ganhar a partida
Quando se conheceu o resultado do sorteio da 2.ª eliminatória da Liga dos Campeões feminina, com o Sporting a defrontar o poderoso Real Madrid, chegou a questionar-se se a partida, tal como outras como a receção ao Benfica, marcada para o próximo dia 30, não poderia ter honras de estádio principal. No fim tal não se confirmou, a partida realizar-se-á no Estádio Aurélio Pereira, em Alcochete, e Mariana Cabral não abdica do que considera fundamental.
Espanhola tem a experiência de defrontar e até marcar às madrilenas, e avisa para a dificuldade da tarefa que aguarda as leoas perante uma equipa com plantel de luxo
Um tema que lhe serviu de mote para deixar expressa a sua incompreensão. «O que posso dizer é que acho que em 2024 não há razão plausível para que as equipas femininas não jogarem nos mesmos estádios do que as equipas masculinas. Acho que devia acontecer, que o futebol feminino merece isso, queremos que o futebol feminino cresça para aí e é essa a nossa vontade», declarou, firme, a treinadora das leoas, que reconhece a enorme valia das espanholas, mas também a capacidade da sua equipa para competir.
«Esta época temos demonstrado que a equipa tem qualidade e que está muito bem, tanto defensiva como ofensivamente. Obviamente também precisamos de melhorar algumas coisas e defensivamente vamos ter um jogo na máxima exigência que normalmente não tivemos na nossa Liga, mas isso é ótimo porque vamos crescer e conseguir competir, que é o que queremos. Estamos preparadas, é um desafio e toda a gente sabe disso», apontou, determinada em protagonizar uma tarde de Champions de realce e vencer a primeira mão da eliminatória.